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Edinho Silva ameaça lugar de Pimenta na Secom

Insolência procedente. (Foto: Divulgação)

Cresce em Brasília o número de caciques políticos que apostam em uma reforma ministerial no próximo ano, margeando a eleição dos novos presidentes da Câmara e do Senado, até para que Lula possa acomodar eventuais aliados insatisfeitos. Facções do PT já se articulam para garantir os melhores postos. O nome de Edinho Silva, prefeito de Araraquara, voltou a assombrar Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação de Lula, alvo de constantes reclamações do chefe.

Apanhou em casa

Edinho não conseguiu eleger Eliana Honain (PT) como sucessora. Quem levou a prefeitura foi o candidato do clã Bolsonaro, Dr Lapena (PL).

Dois por um

Lula quer resolver dois problemas: se livrar de vez de Pimenta e acomodar o aliado Edinho, com elogiada atuação na Secom de Dilma.

Secom é fraca

A reclamação que Lula mais faz da propaganda é que o governo dele não é tão ruim quanto as pessoas avaliam. Daí a culpa cai para Pimenta.

Guarda-chuva

Se não levar a Secom, Edinho Silva não deve ficar na chuva. É o favorito de Lula para suceder Gleisi Hoffmann na presidência do PT.

MDB pode virar espécie em extinção no Senado

Partido que controlou o Senado Federal nas últimas décadas, o MDB corre o risco de ficar com apenas um senador na sua bancada na Casa Alta do Congresso Nacional, a partir de 2027. Nove dos dez senadores do partido estão na reta final do mandato e precisam enfrentar as urnas em 2026 para voltar ao cargo. O único senador do MDB que tem presença garantida na Casa, até 2031, é Fernando Farias (AL), suplente de Renan Filho, atualmente no cargo de ministro dos Transportes.

Outro na berlinda

Maior bancada do Senado, o PSD de Gilberto Kassab irá renovar 12 dos 15 mandatos dos seus senadores, em 2026. Não será fácil.

Novo perigo

Único do Novo, Eduardo Girão (CE) conclui o mandato em 2026. No PT, 6 dos 9. PSDB (1), PSB (4) e Podemos (6) podem sumir do Senado.

Oposição garantida

No PL de Jair Bolsonaro, o cenário é contrário. A maior parte (8) dos 14 senadores tem mandato garantido até 2031.

PT, nem a pau

O azedíssimo clima no PDT em Fortaleza piorou. Ciro Gomes, cacique do partido, negou-se a apoiar Evandro Leitão (PT) para prefeito. E dos oito vereadores pedetistas, 6 declararam apoio a André Fernandes (PL).

Prioridades

Eduardo Ribeiro, presidente do Novo, observa que não há consequência para travesti rebolando e mostrando o traseiro na UFMA, mas “o MP vai investigar encontros bíblicos em intervalos das escolas de Pernambuco”.

Monocratismo militante

O ministro do STF Flávio Dino suspendeu com uma canetada regra da Reforma da Previdência aprovada pelo Congresso em 2019 e derrubou a equiparação no tempo de contribuição de delegados e delegadas.

Fiscais sem recursos

Não justifica a pasmaceira no apagão, mas a Aneel, que fiscaliza o setor de energia, tomou uma tesourada no orçamento. Ficou com R$ 180 milhões dos R$ 244 milhões que solicitou ao governo Lula.

Fora das quatro linhas

Após um perfil oficial do PT comemorar ordem para o deputado cassado Daniel Silveira cumprir pena numa colônia agrícola, o ex-presidente Jair Bolsonaro reagiu: “não existe limite para a maldade da esquerda”.

Apostas em alta

A média das maiores casas de apostas mostravam na sexta-feira que a probabilidade de vitória de Donald Trump está no mesmo nível (58%) de uma semana após a primeira tentativa de assassinato.

São umas cobras

Facções do PT que torcem o nariz para Marta Suplicy se acabam de falar da petista, que retornou ao partido e foi ungida por Lula vice na chapa de Guilherme Boulos (Psol). Debocham do sumiço da colega na campanha.

Prenúncio?

Tradição da corrida presidencial nos EUA, o jantar da fundação católica Alfred E. Smith é parada obrigatória de todos os candidatos desde 1960, quando JFK e Richard Nixon participaram. Só dois candidatos faltaram desde então, o esquecido Walter Mondale… e Kamala Harris.

Pensando bem…
…a boa notícia é que a partir de hoje só faltam 5 dias de horário eleitoral.

PODER SEM PUDOR

Insolência procedente

Jânio Quadros visitava o Recife, em campanha para presidente, quando um repórter passou a fazer perguntas impertinentes. O homem da vassoura manteve a fleuma até quando o jornalista perguntou-lhe se era verdade que, como governador de São Paulo, em ocasiões sociais, ele costumava tirar o sapato para alisar o tornozelo de uma bela senhora, mulher de um dos secretários estaduais. “O senhor é muito insolente!”, exclamou Jânio levantando-se. E, diante do silêncio geral que se seguiu, quando os presentes achavam que ele explodiria de indignação, Jânio se entregou: “⁠Há homens burros e mulheres feias, meu caro, mas este caso era o de um casal perfeito!”

Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos

@diariodopoder

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