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Edital de bolsas de estudo e de permanência para negros recebe investimento de R$ 68 milhões

Mudança no perfil racial da população é destaque da PNAD. (Foto: Freepik)

O Grupo Carrefour Brasil informou que está investindo R$ 68 milhões em um edital de bolsas de estudo e de permanência para negros em todo o País.

Segundo a rede varejista, esse é um dos mais importantes compromissos que o grupo assumiu no combate ao racismo. Em novembro de 2020, um homem negro morreu após ter sido espancado por seguranças na unidade do Carrefour localizada no bairro Passo D’Areia, na Zona Norte de Porto Alegre. João Alberto Silveira Freitas, o Beto, de 40 anos, foi morto no estacionamento, depois de um desentendimento que iniciou dentro da loja.

O edital já está disponível por meio do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos, e as universidades terão de 31 de agosto a 27 de setembro para se inscreverem. A iniciativa faz parte das ações afirmativas de concessão de bolsas de estudo e de permanência para cursos de graduação e programas de pós-graduação em instituições públicas e privadas.

“Essa é mais uma iniciativa voltada ao combate ao racismo estrutural, pela qual pretendemos estimular o desenvolvimento educacional de pessoas negras que estão ingressando ou que precisam de ajuda para custear os estudos em universidades públicas e privadas. Para além da graduação, o programa inclui cursos de pós-graduação, mestrado e doutorado, níveis educacionais que não costumam contar com ações afirmativas”, destacou Lucio Vicente, diretor de Assuntos Corporativos e Sustentabilidade do Grupo Carrefour Brasil.

Na distribuição das bolsas, poderão ser contemplados tanto estudantes de cursos de graduação e programas de pós-graduação em início de ciclo quanto estudantes com ciclo em andamento. A inscrição dos cursos pelas instituições de ensino deve ser efetuada exclusivamente por meio eletrônico, mediante o preenchimento de formulário no site www.cebraspe.org.br. Juntamente com o formulário, devem ser enviados pelas universidades todos os documentos necessários para a comprovação das exigências indicadas no edital.

O foco são cursos que possuem baixa representatividade de estudantes negros, como ciências biológicas, medicina, odontologia, engenharias, direito, comunicação, ciências da computação, economia, administração e arquitetura e urbanismo.

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