Quinta-feira, 30 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 28 de janeiro de 2025
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL/SP) se manifestou na tarde de domingo (26) sobre a primeira delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), divulgada na íntegra pelo jornal Folha de S. Paulo na noite anterior. “Mauro Cid fez diversas delações, mudou sua versão várias vezes”, afirmou o deputado em sua conta na rede social X.
Na delação, Cid afirma que Eduardo Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro integravam uma ala mais radical no entorno de Jair Bolsonaro, defendendo um golpe de estado por acreditar haver fraude nas urnas. Desse núcleo, também se destacavam o exassessor internacional Filipe Martins, o ex-ministro Gilson Machado (PL), os senadores Jorge Seif (PL/SC) e Magno Malta (PL/ES), o ex-ministro Onyx Lorenzoni e o general, hoje preso, Mario Fernandes.
O depoimento ainda cita políticos como os senadores Flávio Bolsonaro (PL/RJ) e Ciro Nogueira (PP/PI), além do ex-Advogado-Geral da União, Bruno Bianco. O trio integraria um grupo “bem conservador, de linha bem política”, que aconselhava o ex-presidente “a mandar o povo para casa, e colocar-se como um grande líder da oposição”.
Ao todo, Cid mencionou 20 nomes supostamente envolvidos na trama golpista. Desses, apenas 8 foram indiciados pela Polícia Federal em 2024, enquanto Michelle, Eduardo e outros 12 citados ficaram fora da lista de indiciados.
“Essa investigação sobre suposto golpe não ocorre num juizado de primeira instância, mas sim na Suprema Corte, sob comando do ministro Alexandre de Moraes. Não precisa ser um gênio para saber que eu não vou ter direito a ampla defesa e isso também não caminha sobre um devido processo legal”, afirmou Eduardo na segunda-feira. As informações são da revista Veja e da CNN.