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Eduardo Leite deve aceitar o convite para assumir a presidência nacional do PSDB

Plano da cúpula tucana envolve estratégia de renovação política. (Foto: Reprodução/Twitter)

Em uma aposta na renovação, nas próximas semanas o governador reeleito do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, deve dar sinal-verde à cúpula do PSDB à proposta de assumir o comando nacional do partido a partir de junho do ano que vem. O convite teria sido feito pelo deputado federal pernambucano Bruno Araújo, mandatário da sigla até 31 de maio.

Conforme o colunista Lauro Jardim, do jornal “O Globo”, o tucano gaúcho está aproveitando a pausa geral deste feriadão da República para fazer consultas em seu próprio Estado, a fim de decidir se aceita o comando do partido. “Mas trata-se de uma formalidade, pois ele já topou”, assegura.

Dentre as ideias em jogo está a possibilidade de que PSDB e Cidadania se fundem a outras siglas ou ampliem a federação já existente com a incorporação do MDB e do Podemos. Nesse cenário, Leite e a senadora Simone Tebet (MDB-MS) despontam como figuras de relevo em âmbito regional.

Também está no radar uma posição de destaque para o governador no debate nacional, além da futura retomada de um plano que Leite não conseguiu levar adiante neste ano: a disputa pelo Palácio do Planalto em 2026, como um jovem líder ligado às tendências de centro. Ou, utilizando-se um termo precocemente desgastado: uma “terceira via”.

Apesar da perda de assentos na Câmara dos Deputados e da perda de uma hegemonia que já durava quase 30 anos no governo de São Paulo, no pleito de outubro o PSDB elegeu chefes de Executivo em três Estados: Rio Grande do Sul (Eduardo Leite), Pernambuco (Raquel Lyra) e Mato Grosso do Sul (Eduardo Riedel).

Xadrez político

No final de março, antes de tentar a reeleição, Leite renunciou ao cargo de governador para concorrer nas prévias que definiram o candidato do PSDB à Presidência da República. Seu adversário na legenda era o ex-governador paulista João Doria, que venceu a disputa interna mas acabou desistindo de concorrer, em meio ao cenário de crise na legenda.

A sigla acabou indicando a senadora paulistana Mara Gabrilli como vice na chapa encabeçada pela emedebista Simone Tebet, terceira colocada na votação nacional. Em contrapartida, no Rio Grande do Sul Eduardo Leite venceu a disputa para governador tendo como vice o deputado estadual Gabriel Souza (MDB).

(Marcello Campos)

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