O fracasso da tentativa de criação de uma terceira via para conter a polarização da eleição presidencial deste ano, deverá levar o ex-governador Eduardo Leite a buscar como prêmio consolação, a disputa à reeleição no governo gaúcho. Isso exigirá do ex-governador, um malabarismo para justificar o descumprimento de mais um compromisso: o de não disputar a reeleição. Eduardo Leite poderá fazer esse anúncio nesta quinta-feira, depois que futuros aliados, como o União Brasil deram um ultimato ao ex-governador. Se confirmar a decisão de disputar o governo gaúcho, desgostará aliados fiéis como o deputado Gabriel Souza (MDB), pré-candidato ao governo, e o governador Ranolfo Vieira Junior (PSDB), que pretendia disputar a reeleição.
O União Brasil tem pressa em definir sua situação, pois recebeu convite para ocupar a vice na chapa de Onyx Lorenzoni (PL) que terá o vice-presidente, general Hamilton Mourão como candidato ao Senado.
O fracasso da terceira via
No plano nacional, a terceira via, que teve João Dória como o nome mais forte, agora patina entre Luciano Bivar (União Brasil) e a senadora Simone Tebet (MDB). A terceira via tem um problema na sua raiz: Luciano Bivar, que foi lançado ontem como pré-candidato presidencial, no seu estado, Pernambuco, teria 0,3% numa eventual candidatura à Presidência da República, e encontraria dificuldades inclusive para se reeleger como deputado federal. Com a senadora Simone Tebet, a situação é a mesma: sem chances de reeleição para o Senado, sua pré-candidatura presidencial não empolga nem o seu estado.
Rumores em Brasília
Ontem eram muito fortes os rumores em Brasília indicando que o apoio do PSDB a Simone Tebet, para ressuscitar a terceira via, necessitaria que o MDB retirasse a candidatura ao governo no Rio Grande do Sul.
Ex-presidiário Lula hoje no Estado para reuniões fechadas
Com reconhecida dificuldade de circular pelas ruas, o ex-presidiário Lula vem hoje ao Rio Grande do Sul, para uma agenda de encontros fechados, e restritos apenas a convidados. Ontem, ele voltou a criticar as polícias, ao afirmar que “o Estado só aparece nas comunidades quando é para matar alguém”, referindo-se à operação policial na Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro, ocorrida na quinta-feira (26). A ação resultou na morte de 23 criminosos.