Segunda-feira, 06 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 28 de outubro de 2024
Suplicy foi diagnostico com câncer linfático em julho deste ano.
Foto: Jefferson Rudy/Agência SenadoO deputado estadual Eduardo Suplicy (PT), de 83 anos, informou por meio de sua conta no X, antigo Twitter, ter sido diagnosticado com câncer linfático em julho deste ano. O petista afirmou que já começou o tratamento.
“Recebi em julho o diagnóstico de linfoma não Hodgkin e estou em tratamento imunoquimioterápico sob os cuidados do hematologista dr. Celso Arrais e sua equipe”, disse em trecho da postagem. O político afirmou ainda que continuará seus trabalhados na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) e também aulas de ginástica.
“Felizmente meus exames já apresentam bons resultados. Por recomendação médica, estou com atividades públicas restritas por causa da minha baixa imunidade. Agradeço o apoio, as orações e as energias positivas para que eu possa me recuperar o mais breve possível”, escreveu nas redes sociais.
“A minha luta só termina quando eu vir implantada no Brasil e no mundo a Renda Básica de Cidadania. Felicidades a todas e todos!”, completou.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o linfoma não Hodgkin é um tipo de câncer que tem origem nas células do sistema linfático e que se espalha de maneira não ordenada. Existem mais de 20 tipos diferentes de linfoma não Hodgkin.
O sistema linfático faz parte do sistema imunológico, que ajuda o corpo a combater doenças, informa o Inca. Como o tecido linfático é encontrado em todo o corpo, o linfoma pode começar em qualquer lugar. Pode ocorrer em crianças, adolescentes e adultos. De modo geral, o linfoma não Hodgkin torna-se mais comum à medida que as pessoas envelhecem.
Em 2022, de acordo com dados do Inca, 12.040 casos do tipo foram diagnosticados no Brasil, sendo 6.420 homens e 5.620 mulheres.
O principal sintoma do linfoma não Hodgkin é o aumento dos gânglios linfáticos, que se manifesta pelo surgimento de caroços em regiões como o pescoço, virilha e axila. Outros sintomas podem incluir febre, suor noturno, tosse, coceira na pele e perda de peso.
Entre as opções de tratamento, estão a quimioterapia, a imunoterapia, a radioterapia e o transplante de medula óssea. Segundo informações da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), as chances de cura são, em média, de 60% a 70%.
Apesar de terem sintomas parecidos, os linfomas de Hodgkin e não-Hodgkin são diferentes. De acordo com o Hospital Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, a diferença entre eles está na característica das células encontradas no tumor. Somente após biópsia é possível fazer a diferenciação.
O linfoma de Hodgkin apresenta alto índice de cura com quimioterapia de primeira linha. Isso quer dizer que, logo no primeiro tipo de tratamento que o paciente faz, ele tem boas chances de apresentar bons resultados.