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EEBA encerra deixando lições aos participantes

Heitor Müller, presidente da Fiergs, entidade que captaneia a missão empresarial ao EEBA.

O Mundo vive a 4° Revolução Industrial, denominado de “Indústria 4.0”, onde energia, informática e tecnologia são os pilares da inovação que é uma realidade.

A União Europeia e os demais países desenvolvidos ou em desenvolvimento deverão se adequar a um novo comportamento com o afastamento do Reino Unido do bloco europeu, importante parceiro da comercial. A obrigatória adaptação a um mundo novo que é digital e móvel. Móvel como conceito de mobilidade, onde até o ano de 2050, 6 milhões de pessoas vão morar em regiões urbanas. No Brasil, 80% da população já estão vivendo nas cidades.

O tema de casa para empresários e governantes é a cooperação mútua e isto foi um dos pontos mais destacados no encontro em Weimar.

O Brasil possuí atualmente em torno de 1600 empresas alemãs que geram mais de 250 mil empregos.

O Brasil é, mesmo com a crise, um excelente parceiro comercial e é importante não só para a Alemanha, mas como grande provedor para a China e EUA. A Alemanha institui com o Brasil uma pioneira comissão mista, sendo que na mesma época foi implantada outra com os Estados Unidos.

A relação entre Alemanha e Brasil ocorre há mais de 200 anos e vem desde o Império de Dom Pedro I.

As negociações do Brasil com Alemanha precisam melhorar e ganhar inovação, reduzindo os arcaicos processos burocráticos. O Brasil tem com a França um acordo modelar e que reduziu a burocracia estabelecendo, inclusive, documentos únicos de negociações, sendo válidos para ambos os países.

O Brasil responde por 50% do mercado da América Latina e, na Alemanha, alguns entendem que o Brasil carrega a América Latina nos ombros.

Iniciativas no sentido da redução da parafernália burocracia já acontecem, como o projeto “Céus Abertos” para a aviação.

O Brasil tem que enfrentar as mudanças e se caracterizar pela inovação em itens como logística, energia, telefonia. Mesmo nos serviços essenciais como saúde, educação, segurança e o contexto dos fatores climáticos são preponderantes na adequação destes novos tempos.

Somente com união, a inovação acontecerá de forma mais acelerada com interface em tecnologia e conhecimento.

No que concerne ao conhecimento, 90% dos jovens alemães ganham formação nas próprias empresas.

Os acordos de livre comércio são fundamentais para o desenvolvimento econômico e social dos países.

O presidente da CNI, Confederação Nacional da Indústria, Robson Braga de Andrade, destacou que os investimentos da Alemanha no Brasil, diminuíram substancialmente. Já os investimentos do Brasil na Alemanha, aumentaram em 73% .

No momento atual, as negociações são lentas entre os blocos econômicos do Mercosul e União Europeia. O Mercosul precisa se fortalecer entre os países participantes, para que possa ganhar força na relação com outros blocos especialmente com a União Europeia. Continuando assim, a relação individual dos países do Mercosul com outros países fica mais fortalecida em consideração ao Bloco.

Ficou claro aos olhos de todos que a energia é o principal eixo para o desenvolvimento econômico da qualquer empresa e de qualquer país. Sem energia não chegaremos a lugar nenhum.

As concessões públicas pretendidas pelo Governo Federal representam uma grande abertura para investimentos estrangeiros no Brasil. Já estão acontecendo os leilões de concessões de aeroportos, ferrovias, rodovias, portos, mineração, energia, petróleo e gás.

A bitributação no comércio exterior tem que ser vencida. É necessário melhores acordos e os governos tem que se conscientizar que é fundamental as aberturas em legislações que, hoje, não incentivam às exportações.

O EEBA, em Weimar, foi fundamental para fortalecer a parceria nas áreas do conhecimento, tecnologia, inalação, cooperação e troca de experiências.

A constatação positiva é que os alemães estão otimistas em relação ao Brasil conflitando com a expectativa negativa que os brasileiros tem de seu próprio país.

 

Mobilidade Urbana

Mobilidade Urbana é um tema que, além de palpitante, é preocupante com o aumento vertiginoso da população urbana e o crescimento do número de automóveis que lotam ruas e estradas. Se a situação já é considerada grave na Alemanha, imaginem no Brasil, onde o planejamento urbano leva décadas para alcançar resultados. Mesmo os alemães terem planejado seu futuro urbano, a demanda superou todas as expectativas e a Alemanha já enfrenta questões sérias relativas à mobilidade. No Brasil o planejamento foi escasso e muitas vezes retrógrado, pois prescindimos de itens fundamentais, especialmente ligados ao transporte de massa. Abdicamos de veículos elétricos, como os bondes, de hidrovias em águas urbanas e na implantação de metrôs. Sem falar no transporte interurbano e interestadual em acesso a centros urbanos, onde abdicamos de ferrovias e hidrovias.

A tecnologia tem que impactar no transporte e na logística para favorecer o tráfego no emaranhado de vias e suas barreiras eletrônicas, os semáforos, além do controle das estações de transbordo. Por todos os ângulos temos imensas oportunidades de negócios Oportunidade de investimentos para quem pensa solução para o trânsito e o direito de ir e vir das pessoas. Este é um desafio para os governantes que devem projetar e realizar o futuro com investimentos privados. O aeromóvel no aeroporto de Porto Alegre é um exemplo claro de uma parceria bem-sucedida em uma infinidade de maus exemplos de omissão e do malfeito.

 

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