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Acontece Efeitos da crise: pesquisa da Fecomércio-RS indica situação difícil no orçamento de famílias com renda menor

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(Foto: Divulgação/ Marcos Nagelstein/ Agência Preview)

A Fecomércio-RS divulgou nesta terça-feira (04), a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC-RS), realizada pela CNC nos últimos dez dias de julho, em Porto Alegre. De acordo com a sondagem, 62,8% das famílias relataram ter dívidas contraídas com cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês de loja, empréstimo pessoal, compra de imóvel ou prestações de carro e de seguros, entre outros.

Em junho, o percentual de famílias endividadas era de 61,9%, enquanto em julho do ano passado correspondia a 72,9% das famílias. Quanto aos indicadores de inadimplência, o percentual de famílias com contas em atraso registrou os mesmos 27,8% do mês anterior e o percentual de famílias que não terão condições de pagar contas atrasadas nos próximos 30 dias, que indica a situação de persistência de inadimplência, foi de 14,4%, ficando praticamente estável após variação muito pequena na margem.

Porém, o quadro é muito diferente entre as famílias de grupo de renda, com maior endividamento e inadimplência de famílias que ganham menos de dez salários mínimos, grupo mais afetado pela pandemia. Em julho, 32,3% das famílias nesse grupo tinham contas atrasadas, e 17,9% relataram não ter condições de pagar suas contas atrasadas em 30 dias, com alta pequena em relação a junho (17,2%); em maio o indicador marcava 16,1%.

“Muitas famílias que já não tinham margem financeira para imprevistos antes da pandemia, com o forte impacto da crise na renda, direcionaram suas receitas para compras de bens básicos e o pagamento de contas essenciais, não conseguindo fazer frente às demais dívidas”, afirmou o presidente da entidade, Luiz Carlos Bohn.

Segundo o dirigente, embora os resultados apontem para a perda de ritmo dessa piora na situação de persistência da inadimplência das famílias de menor renda, há grande preocupação com a situação atual no RS, sobretudo na Capital, uma vez que as consequências das medidas vigentes têm imposto o prolongamento das consequências dos efeitos da crise sobre as condições de emprego e renda das famílias. Veja a análise completa da PEIC.

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