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“Ele foi condenado pela imprensa, mas não é essa pessoa sisuda”, diz diretor de série sobre a redenção de Dunga

Minissérie "Brasil x Dunga: futebol em pé de guerra" foi lançada nessa quinta-feira. (Foto: Reprodução/SporTV)

Nessa quinta-feira (19), às 20h, estreia a minissérie documental “Brasil vs Dunga – Futebol em Pé de Guerra”, dirigida por Fernando Acquarone. Com três episódios, a série contará sobre a redenção do jogador, que lidou com as críticas públicas desde a Copa de 1990. Na ocasião, Dunga foi apontado como o rosto do fracasso brasileiro pela mídias e pelos torcedores.

“Dunga é um cara que sempre apanhou, desde criança foi desacreditado. Como jogador foi condenado pela imprensa. Isso nunca vai sair. O rancor é difícil de sumir da noite para o dia”, diz Acquarone.

“A gente tem essa imagem dele, de ser uma pessoa bronca, sisuda. Mas ele foi super aberto. Acho que ninguém tinha perguntado antes. Essa relação com a imprensa para ele foi muito difícil. A gente explora isso no nome da série, “Brasil x Dunga”. Isso já dá o clima da batalha que o Dunga travou tanto com torcedores quanto com a imprensa”, conclui.

Apesar da má repercussão de sua atuação na Copa de 1990, Dunga foi eleito o melhor jogador da final da Copa de 1994, quando o Brasil venceu a Itália e ele, como capitão da Seleção Brasileira, ergueu a taça do Tetra.

“Muita gente questiona a qualidade técnica do Dunga. Esse lance do futebol retranqueiro. Você não passa quatro décadas na seleção brasileira, sendo juniores, ganhando Copa América em 1989, indo para três Copas do Mundo, ganhando copa das confederações como treinador, sendo um pereba”, pontua o diretor.

A produção também mostra o lado social do ex-jogador. Foram gravadas ações com uma visita ao Quilombo Santa Luzia, na periferia de Porto Alegre, conhecido por prestar apoio à comunidade LGBTQIA+. Dunga esteve no local para distribuir cestas básicas.

“Ele é consciente que cada pessoa tem sua própria história, escolhas e dores. Ele não tem preconceito ,enxerga o ser humano de igual para igual. Desmistifica totalmente essa imagem que a imprensa vem passando há anos”, afirma Acquarone. (Estadão Conteúdo)

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