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“Ele não mostrou nenhum tipo de arrependimento”, expõe delegada que interrogou estuprador em Porto Alegre

Estuprador foi encaminhado no domingo (2) no sistema prisional. (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

A delegada Tatiana Bastos realizou uma coletiva de imprensa para esclarecer pontos do depoimento do responsável por filmar e estuprar uma mulher desacordada, dentro de um carro, na Avenida Baltazar de Oliveira Garcia, em Porto Alegre. O homem se entregou à Polícia no domingo (2), e, segundo a delegada, “ele não mostrou nenhum tipo de arrependimento pelo estupro”. Tatiana afirmou que “para ele, aquilo nem era crime, era algo que, a mulher, por estar naquela condição, no juízo dele merecia. (…) Como se aquilo não fosse uma conduta atípica”.

Este caso se enquadra no tipo penal 217, qualificado como estupro de vulnerável. A delegada aponta que “a condição de vulnerabilidade dela se deu pela total incapacidade de oferecer resistência, e, olhando o vídeo, não há nenhuma dúvida de que ela está completamente desacordada”. Crimes deste patamar tem uma penalidade de até 15 anos, mas, neste caso, o estuprador será condenado por mais cinco anos por divulgar as cenas do ato. A delegada não descarta mais uma condenação por furto, já que foram roubados, de dentro do mesmo carro, bebidas alcoólicas e itens do casal.

Além disso, a Delegacia Especializada no Atendimento a Mulher (DEAM) de Porto Alegre, trata como crime hediondo atos que prejudicam a honra de outrem. “Ele fere a dignidade sexual dessa vítima, e também expõe a honra e a imagem dela de uma maneira muito baixa, com total ausência de um juízo valorativo de reprobabilidade da conduta dele”.

Outro suspeito

O segundo homem que aparece nas imagens foi ouvido pela polícia neste domingo (2). Ele nega ter participado do estupro ou ter responsabilidade pelas filmagens. Conforme o suspeito, seu único envolvimento nos fatos foi ter tomado uma cerveja que havia no carro. Por este motivo, o indivíduo deverá responder por furto qualificado.

Já uma acusação por crime sexual, só será realizada caso o exame do DNA encontrado no veículo comprove sua coautoria no estupro. Após ser interrogado, o suspeito foi liberado.

 

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