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Eleição na Argentina pode reforçar recuo da esquerda latino-americana

Pesquisa aponta tendência de aumento das chances de Macri para vencer o segundo turno. (Foto: Sandra Hernández/GCBA)

O bom desempenho do conservador Mauricio Macri no primeiro turno da eleição argentina, ficando em segundo lugar com apenas três pontos de diferença do governista Daniel Scioli, indica que o país pode estar prenunciando um movimento “antibolivarianista” do continente. Nesse cenário, dizem analistas e especialistas, eleitores apresentam um voto de protesto contra governos ditos “nacional-populares” há muito tempo no poder.

Uma pesquisa realizada pela consultora Management & Fit a pedido do jornal Clarín e publicada no domingo mostra uma tendência de aumento das chances de Macri para vencer o segundo turno, no dia 22. O líder da coligação Mudemos surge em primeiro, com 51,8% das intenções de voto, seguido de Scioli, com 43,6%. Para chegar a esse resultado, foi feita “uma projeção” do voto de 11% dos indecisos, ao tempo em que 4,5% declararam que votarão em branco.

“A esquerda governa grande parte da América Latina há tempos, e a economia vai mal em quase toda a região. É por isso que vem ocorrendo essa guinada, que não tem tanto a ver com a ideologia, e sim com o cansaço em relação às medidas apresentadas pelos governos para enfrentar a crise”, de acordo com Steven Levitsky, da Universidade Harvard (EUA). (Sylvia Colombo e Mariana Carneiro/Folhapress)

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