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Eleição na União Europeia: direita radical avança no Parlamento Europeu, mas o poder continua com o centro

Partidos populistas de direita ganharam posições em países como França, Alemanha, Itália, Áustria, Portugal e Holanda, além do Parlamento Europeu. (Foto: Reprodução)

Uma projeção inicial fornecida pela União Europeia indica que os partidos do centro devem manter o controle do Parlamento Europeu mesmo com avanço da ultradireita. A votação terminou no domingo (9), último dia das eleições para o próximo mandato de cinco anos.

A soma dos blocos formados por conservadores, liberais e social-democratas seguirá com a maioria no Parlamento Europeu após a votação para escolher 720 novos eurodeputados, ainda de acordo com as projeções da instituição divulgadas no domingo (9). Os resultados oficiais ainda não haviam sido divulgados até a noite dessa segunda-feira (10).

No geral, em toda a União Europeia, dois grupos dominantes e pró-europeus (os Democratas-Cristãos e os Socialistas) continuam a ser as forças dominantes. O avanço da ultradireita ocorreu às custas dos Verdes, que devem perder cerca de 20 assentos e cair para a sexta posição.

Durante décadas, a União Europeia confinou a ultradireita às margens políticas. Com a sua forte atuação nestas eleições, ela poderá agora se tornar parte importante em questões como migração, segurança e clima.

O Partido Popular Europeu (PPE, direita) continuaria como a principal força política, com 181 assentos; os social-democratas alcançariam 135 e os liberais do Renew teriam 82. Juntos, eles formariam um grande bloco de 389 cadeiras.

Esperava-se que os partidos de ultradireita ganhassem mais poder em um contexto de aumento do custo de vida e do descontentamento dos agricultores. As guerras em Gaza e na Ucrânia são também temas-chave para eleitores.

Como é a eleição na União Europeia? A eleição para o Parlamento Europeu é a segunda maior votação do mundo, atrás das eleições gerais da Índia. Cada nação elege os respectivos eurodeputados: a Alemanha é quem tem mais cadeiras, 96; Malta e Luxemburgo são os menores, com seis.

– Há cerca de 450 milhões de pessoas que moram nos países da União Europeia;

– Em apenas quatro dos 27 países o voto é obrigatório: Bélgica, Bulgária, Luxemburgo e Grécia. Nos demais, é facultativo;

– São eleitos 720 membros do Parlamento Europeu;

– Há locais de votação desde o Círculo Ártico até as fronteiras com a África e a Ásia. Há votação, por exemplo, no consulado de Portugal em São Paulo.

Durante muito tempo, o Parlamento Europeu foi ocupado por dois tipos de políticos: veteranos em seus países e pessoas que estavam em início de carreira.

Isso começou a mudar com as responsabilidades que a União Europeia começou a acumular, como decidir as regras bancárias e de agricultura dos países do bloco, além do orçamento da União Europeia.

Os eleitores também passaram a se interessar mais: em 2019, presença foi de 50,66% considerada um sucesso. Neste ano, espera-se que mais de 60% das pessoas votem. As informações são do portal de notícias G1.

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