Quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 25 de janeiro de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
2018 é o ano para refletirmos e agirmos em relação à situação política em que nos encontramos. É preciso repensar sobre a eficiência de tudo que esteve na mão do Estado durante estes últimos anos; a coerência dos nossos debates políticos, que são sempre sobre a razão da direita ou da esquerda, em vez de sobre algo como o papel do Estado; sobre a estrondosa quantidade de imposto que nos é recolhida compulsoriamente; e, o principal, sobre a aplicação desse dinheiro, que acabamos não sabendo, com precisão, seu destino. Essas certamente são reflexões próprias para definirmos nossas escolhas para o futuro do Brasil.
A máquina pública brasileira tornou-se tão grande e inútil que o sonho de sermos um país de primeiro mundo está definitivamente longe de acontecer. A quantidade de cargos, benefícios, leis, emendas constitucionais incoerentes e empresas estatais que são ineficientes torna a correção e redução do Estado um desafio. Qualquer um que assumir o cargo de presidente da República nas próximas eleições terá muito trabalho. Temos tantas estatais ineficientes que, somadas à quantidade de políticos corruptos que temos de sustentar, resulta em uma equação matematicamente impossível de fechar.
O Estado tornou-se tão grande que quatro anos de mandato de um presidente talvez não sejam suficientes para desestruturá-lo da forma necessária, mas infelizmente nem estamos caminhando para essa direção ainda.
Algo que acredito ser peculiar nesse assunto é a crença popular negativa nas medidas de diminuição da máquina pública. Supostamente, essas seriam feitas em prol de uma elite empresarial. Porém, poucos entendem que vivemos um Brasil com duas elites atualmente: a corporativista e a política, ambas fruto do Estado gigantesco que temos. Logo, questiono-me se esse modelo realmente estaria preocupado em beneficiar a população em geral, como é afirmado.
Muito tempo – e capital – do povo foi desperdiçado na tentativa de fazer um sistema estatizante. Isso apenas gerou o sustento de uma elite política e de empresários corporativistas corruptos que sugaram o dinheiro dos pagadores de impostos. Considerando isto no momento de decisão do voto, talvez tenhamos uma chance maior de elegermos uma figura pública que entenda que a raiz do problema do País é o Estado. Quem sabe assim teremos mais chances de termos um Brasil livre. Só assim atingiremos a prosperidade e qualidade de vida que merecemos.
Rodrigo Paim, publicitário e associado do IEE
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