Sexta-feira, 07 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 20 de janeiro de 2024
Os prefeitos de 20 capitais vão poder tentar um novo mandato na eleição de 2024, que ocorre em outubro. O número é maior do que o de 2020, quando 14 estavam nessa situação. Isso acontece porque, em 2024, há um número maior de prefeitos de capitais (15) que podem concorrer à reeleição (são permitidos até dois mandatos consecutivos no Brasil) ou que chegaram ao cargo após a renúncia ou morte dos titulares e, agora, podem tentar a 1ª eleição como cabeças de chapa – cinco ao todo.
Nesse último caso estão os ex-vices Ricardo Nunes (MDB), que assumiu a Prefeitura de São Paulo após a morte de Bruno Covas (PSDB) em 2021; e Rogério Cruz (Republicanos), que sucedeu a Maguito Vilela (MDB) na Prefeitura de Goiânia.
Também se tornaram titulares e podem concorrer em 2024 Fuad Noman (PSD), Belo Horizonte, Adriana Lopes (PP), em Campo Grande, e Topázio Neto (PSD), em Florianópolis. Eles substituíram Alexandre Kalil (PSD), Marquinhos Trad (PSD) e Gean Loureiro (União), que renunciaram para concorrer ao governo de seus estados em 2022.
Se eleitos, esses cinco podem tentar se reeleger em 2028. Além dos ex-vices, 15 prefeitos de capitais podem tentar mais um mandato em 2024 por meio da reeleição. São eles:
1. Belém (PA) – prefeito Edmilson Rodrigues (PSOL).
2. Boa Vista (RR) – prefeito Arthur Henrique (MDB).
3. Fortaleza (CE) – prefeito José Sarto (PDT).
4. João Pessoa (PB) – prefeito Cícero Lucena (PP).
5. Macapá (AP) – prefeito Antônio Furlan (Podemos).
6. Maceió (AL) – prefeito JHC (PL).
7. Manaus (AM) – prefeito David Almeida (Avante).
8. Porto Alegre (RS) – prefeito Sebastião Melo (MDB).
9. Recife (PE) – prefeito João Henrique Campos (PSB).
10. Rio Branco (AC) – prefeito Tião Bocalom (PP).
11. Rio de Janeiro (RJ) – prefeito Eduardo Paes (PSD).
12. Salvador (BA) – prefeito Bruno Reis (União).
13. São Luís (MA) – prefeito Eduardo Braide (PSD).
14. Teresina (PI) – prefeito Dr. Pessoa (MDB).
15. Vitória (ES) – prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos).
O cenário é semelhante pelo país: em 2024, 81% dos 5.568 prefeitos eleitos podem, em tese, concorrer à reeleição. Em 2020, esse mesmo percentual era de 75% (o número de candidatos tende a ser menor em razão de mortes e renúncias, por exemplo).
O aumento de prefeitos que podem se reeleger em 2024 é causado por um movimento dos eleitores que, nos últimos anos, acreditaram em novos nomes que prometiam renovação política, comportamento contrário do que acontece atualmente, diz a CEO da consultoria Radar Governamental, Juliana Celuppi.
“Voltamos para o status de tradicionalmente reeleger governantes. Nos cenários dos anos anteriores, tanto em 2016 quanto em 2020, em muitos casos a população escolheu nomes que, de alguma forma, representavam renovação – João Doria (São Paulo), Alexandre Kalil (Belo Horizonte), João Campos (Recife) são alguns exemplos”.
Outro componente, diz Celuppi, é que muitos prefeitos bem-avaliados optaram por concorrer a outro cargo, o que abriu caminho para seus vices disputarem – como os casos de Bruno Covas (PSDB) em São Paulo, que assumiu a prefeitura quando João Doria (PSDB) deixou o cargo para disputar o governo de São Paulo, e se elegeu em 2020; e Cinthia Ribeiro, que se tornou prefeita de Palmas após a saída de Carlos Amastha – que acabou por desistir da disputa.
As movimentações
A entrada na disputa eleitoral não é automática. Para tentar um novo mandato, os prefeitos precisam ser sua candidatura lançada por seus partidos – o que acontece de julho a agosto – e aprovadas pela Justiça Eleitoral.
Alguns deles já declararam publicamente o interesse em disputar um novo mandato – ou são colocados como candidaturas certas por integrantes de seus partidos.
É o caso de Salvador (BA), onde o ex-prefeito e secretário geral do União Brasil, ACM Neto, afirmou em entrevista à imprensa local que Bruno Reis vai ser candidato à reeleição.
Em São Paulo (SP), Ricardo Nunes (MDB) já admitiu que procura vice e que recebeu apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Gilberto Kassab (PSD).
Em Florianópolis, o PSD também dá como certa a candidatura de Topázio Neto. Em Fortaleza (CE), o mesmo acontece com o PDT e José Sarto.