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Política Eleições: apesar de derrotas, o governo vê vitória de “frente ampla” em 5 cidades”; saiba quais

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Apadrinhado do governador paraense Helder Barbalho, Igor Normando (MDB) superou o bolsonarista Delegado Éder Mauro. (Foto: Divulgação/Campanha Igor Normando)

Apesar de ter amargado derrotas importantes em locais simbólicos, a “frente ampla” que elegeu o governo Luiz Inácio Lula da Silva saiu vitoriosa em cinco de seis cidades que eram monitoradas de perto pelo Palácio do Planalto neste segundo turno das eleições municipais. O grupo em questão é formado por cinco capitais e uma cidade média, com população acima dos 500 mil habitantes, consideradas estratégicas no embate com a “extrema direita”.

Entre as seis cidades que eram observadas com mais atenção por Lula e seus auxiliares – por conta da polarização com nomes do chamado “bolsonarismo raiz”, o resultado eleitoral foi positivo em cinco delas: João Pessoa (PB), Fortaleza (CE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG) e Niterói (RJ). A única derrota veio em Cuiabá (MT).

João Pessoa

Na Paraíba, a preocupação com João Pessoa se devia ao fato de que Cícero Lucena (PP), candidato vencedor, estava disputando contra Marcelo Queiroga (PL), ex-ministro da Saúde de Jair Bolsonaro durante a pandemia. A cidade nordestina optou, porém, por dar 63,91% dos votos para o nome do PP em detrimento de Queiroga, que teve 36,09%.

Essa perspectiva de vitória da base do governo foi uma das retóricas adotadas pelos ministros petistas após a divulgação dos resultados eleitorais. “Quem ganhou as eleições no Brasil foi a base do presidente Lula. Esqueçam Tarcísio [de Freitas, governador de São Paulo] e Jair Bolsonaro”, publicou o titular do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, nas redes sociais.

Belém

Já Belém (PA) entrou no rol de cidades vigiadas pelo Planalto por conta das chances de vitória do Delegado Éder Mauro (PL), outro candidato também aliado de Bolsonaro.

Diante desse risco, Lula reservou espaço em sua agenda e participou diretamente de comícios ao lado de Igor Normando neste segundo turno, que saiu vitorioso da corrida. O emedebista, que é apadrinhado do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), teve 56,36% contra 43,64% de Mauro.

A eleição em Belém também era considerada importante para o Planalto porque, no ano que vem, a capital irá sediar a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, a chamada COP30. O evento é peça-chave na política internacional de Lula, que quer usar esse palco para falar sobre ações do seu governo contra o desmatamento e as mudanças climáticas, pautas que estão ganhando prioridade na terceira gestão lulista.

Belo Horizonte

A lista de resultados considerados vitoriosos pelo Planalto inclui também a capital mineira, Belo Horizonte, onde o risco era uma vitória do deputado Bruno Engler (PL), um dos novos expoentes do bolsonarismo no País.

A proximidade de Engler com Bolsonaro ficou explícita principalmente ao longo deste segundo turno. O nome do PL participou até mesmo de uma “motocarreata” ao lado do ex-presidente. Além disso, Engler também teve o apoio de nomes da direita que saíram vitoriosos das urnas recentemente, como o senador Cleitinho (Republicanos) e o deputado Nikolas Ferreira (PL).

Por conta dessa situação, Lula deu ordem para que seu governo desse o suporte devido ao candidato do PSD, Fuad Noman, que acabou vitorioso na disputa municipal.

Niterói

A lista de cidades monitoradas pelo Planalto traz ainda o município de Niterói, que, apesar de não ser uma capital, tem aproximadamente 500 mil habitantes. No segundo turno, Niterói tinha como “ameaça” ao governo a candidatura do deputado federal Carlos Jordy (PL), que sempre manteve proximidade com Bolsonaro e seus filhos.

A vitória em Niterói era considerada importante para o Planalto por ser uma cidade do berço eleitoral de Bolsonaro, o Rio de Janeiro. Além disso, Jordy tinha a benção explícita e direta do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). O nome do PL acabou perdendo, porém, para Rodrigo Neves, do PDT, partido aliado ao governo petista. Neves teve 57,20% dos votos contra 42,80% de Carlos Jordy.

Cuiabá

A principal derrota do Planalto se deu, no entanto, na capital do Mato Grosso, Cuiabá, região onde o bolsonarismo costuma ter mais facilidade nas urnas. Na cidade, o PT conseguiu levar o nome de Lúdio Cabral ao segundo turno, mas ele acabou derrotado pelo deputado Abílio Brunini (PL), nome bolsonarista que ganhou fama por polarizar com o governo petista na Câmara dos Deputados.

Como parte da estratégia para facilitar o caminho de Lúdio, o presidente Lula optou, inclusive, por não participar presencialmente de comícios ao lado do candidato do PT na capital. A avaliação é que o ingresso direto de Lula em atos de campanha poderia elevar a rejeição ao nome do PT na cidade. A ausência de Lula, entretanto, não evitou a derrota: Lúdio teve somente 46,20% dos votos contra 53,80% de Abílio.

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https://www.osul.com.br/eleicoes-apesar-de-derrotas-o-governo-ve-vitoria-de-frente-ampla-em-5-cidades-saiba-quais/ Eleições: apesar de derrotas, o governo vê vitória de “frente ampla” em 5 cidades”; saiba quais 2024-10-28
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