O consórcio de veículos de imprensa, que inclui o portal de notícias G1, os jornais O Globo, Valor, O Estado de S.Paulo e Folha de S.Paulo e o site UOL, suspendeu nessa quinta-feira (11) a realização de um debate em conjunto entre candidatos à Presidência da República.
O debate estava marcado para o dia 14 de setembro, em São Paulo, e previa reunir os quatro primeiros colocados em pesquisa eleitoral Ipec ou Datafolha da semana anterior ao evento – e ocorreria com a confirmação de ao menos três desses quatro.
O consórcio tomou a decisão de suspender o debate porque os dois primeiros colocados nas últimas pesquisas, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), não se comprometeram, até o fim da prazo, a participar.
Conforme informado em reunião realizada em 3 de agosto entre o consórcio e partidos, as campanhas tinham uma semana para confirmar a participação no debate caso preenchessem o requisito de estar entre os quatro primeiros.
As campanhas de Ciro Gomes (PDT), Leonardo Péricles (UP), Luiz Felipe d’Avila (Novo), Pablo Marçal (PROS), Simone Tebet (MDB), Sofia Manzano (PCB), Soraya Thronicke (UB) e Vera Lúcia (PSTU) confirmaram a participação; José Maria Eymael (DC) não respondeu.
O consórcio de veículos de imprensa informou que lamenta a falta de disposição dos dois candidatos que lideram as pesquisas em debater os problemas e as soluções para o País neste momento importante da democracia brasileira.
Segundo o grupo, o debate tinha o objetivo de estimular um diálogo aprofundado, que revelasse as visões dos candidatos sobre o País e desse a eles a oportunidade de responder a questões de interesse público.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nessa quinta-feira (11) ser muito melhor participar de podcasts do que comparecer a debates com outros candidatos ao Palácio do Planalto.
Bolsonaro concedeu entrevista ao Flow na última segunda (8). Na conversa, o presidente voltou a lançar dúvidas sobre o sistema eleitoral brasileiro, relativizar o golpe de 1964 – que fez o Brasil mergulhar em uma ditadura por 21 anos – e ainda incentivar o uso de remédios comprovadamente ineficazes contra a covid.
“É muito melhor participar de um programa desse do que de um debate, onde você sabe que os ataques são pessoais, ou até mesmo de um programa de acordo com a rede de televisão”, disse Bolsonaro durante transmissão ao vivo nas redes sociais.