Sexta-feira, 15 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 12 de setembro de 2024
Lideranças evangélicas alinhadas ao prefeito Ricardo Nunes (MDB) traçaram uma estratégia para reverter o voto dos fiéis paulistanos que hoje estão majoritariamente com Pablo Marçal (PRTB).
Pastores se comprometeram a fazer reuniões com os frequentadores de suas igrejas para discutir o cenário político de São Paulo e apontar prós e contras de cada candidato. O foco, porém, é explorar as “inconsistências” de Pablo Marçal junto aos evangélicos nesses encontros.
Os pastores estão munidos de vídeos que mostram falas polêmicas do influencer sobre religião. Em uma delas, Marçal diz que “Deus não está no controle de tudo” e que “se ele estivesse a sua vida não era uma m… desse jeito”. Em outro, afirma que “homem de Deus come as irmãs de Deus”. O candidato do PRTB também se posiciona contra o pagamento do dízimo para as igrejas, uma questão central para os pastores.
A avaliação feita pelas lideranças religiosas é que Marçal apareceu como um fenômeno das redes que vem cativando o eleitorado jovem das igrejas. Por isso, esse público será um dos focos nas agendas organizadas pelos religiosos.
Na quarta-feira (11), Nunes teve um café da manhã com cerca de 500 pastores na Igreja Bíblica da Paz, em São Paulo. O governador Tarcísio de Freitas também esteve presente. O encontro foi articulado pelo pastor Robson Rodovalho e pelo pastor Edson Rebustini, presidente do Conselho de Pastores do Estado de São Paulo, formado por mais de mil lideranças evangélicas.
Outros encontros serão realizados entre o prefeito e pastores ao longo das próximas semanas. A ideia é que as agendas tenham entre 50 e 100 pastores cada.
Aposta
Os aliados mais próximos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acreditam que Pablo Marçal garantirá vaga no segundo turno das eleições municipais para a Prefeitura de São Paulo.
A previsão explica o distanciamento adotado pelo ex-presidente em relação ao atual prefeito.
Bolsonaro tem atuado como cabo eleitoral em diversas cidades do país e na capital paulista escolheu apoiar Ricardo Nunes (MDB), apesar de já ter dito que ele não é seu “candidato dos sonhos”.
O ex-presidente indicou o coronel da reserva da Polícia Militar, Ricardo Mello de Araújo, para vice na chapa de Nunes.
A entrada de Marçal na disputa e a divulgação de seu bom desempenho nas mais recentes pesquisas dividiram a direita em São Paulo.