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Eleições municiais: mais flexível, PT deve apoiar candidatos de centro e de direita

Estratégia é tentar isolar o bolsonarismo, de olho em 2026. (Foto: Abdias Pinheiro/TSE)

O PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, definiu que irá apoiar candidaturas de partidos de centro e de direita em pelo menos 37 das 201 cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes.

O número inclui candidatos filiados a MDB, PSD, União Brasil e Republicanos – partidos que têm ministros no governo.

Mas também três candidaturas do PSDB, incluindo uma capital estadual: Junior Geo, aspirante à prefeitura de Palmas (TO).

* Em outras 125 das 201 cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes, o PT decidiu que vai lançar candidatura própria.

* Em 39 das grandes cidades, a sigla vai apoiar partidos de esquerda e centro-esquerda como PSB, PV, PSOL e PDT – é o caso da capital paulista, por exemplo.

Restam ainda 18 municípios com mais de 100 habitantes. Em algumas, não haverá candidatura do PT e nem coligação com outro partido para a disputa de prefeito. Em outras, a situação segue indefinida – o prazo para as convenções partidárias que definem as coligações vai até a próxima segunda-feira (5).

Os apoios foram homologados nesta semana pela Executiva Nacional do PT.

O PT também abriu mão de ter candidaturas próprias em 13 capitais. Nestas cidades, os petistas irão apoiar, principalmente, candidatos de MDB, PSB e PSOL.

Estratégia 

A decisão de flexibilizar esses apoios e se coligar com outras faixas do espectro político tem relação com uma prioridade definida pelo PT: tentar isolar ao máximo o campo bolsonarista, já de olho nas eleições de 2026.

A ideia é tentar aprofundar, nos municípios, a frente ampla que elegeu Lula em 2022.

* A estratégia é reflexo também do desempenho fraco do PT nas eleições municipais de 2020. O partido não elegeu nenhum prefeito de capital e, por isso, teve de buscar aliança com siglas de direita e centro.

Naquele momento, o PT optou por lançar o maior número possível de candidatos próprios: queria mostrar força e reabilitar a legenda em um momento de crise, na esteira da Lava-Jato e da prisão de Lula.

A diretriz atual, portanto, marca um outro momento do partido e vai na contramão da estratégia adotada há quatro anos.

* O partido terá 125 candidaturas próprias em municípios com mais de 100 mil habitantes.

* Apoiará 39 de esquerda ou centro esquerda.

* Serão 37 apoios a candidaturas de centro ou de direita.

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