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Eleições na Argentina: candidato da situação surpreende e vai disputar o 2º turno com o direitista Javier Milei

Candidato governista Sérgio Massa (D) e o ultradireitista Javier Milei (E) disputam o segundo turno na Argentina. (Foto: Reprodução)

A escolha do novo presidente da Argentina será decidida no segundo turno da eleição presidencial, que será disputado no dia 19 de novembro entre o governista Sergio Massa e o ultra-direitista Javier Milei. Com 90,12% das mesas de votação apuradas, Massa aparece com 36,29% dos votos, com o candidato da ultra-direita Javier Milei em segundo lugar, com 30,19%. Patricia Bullrich, candidata da centro-direita, aparece em terceiro lugar, com 23,82%.

Nenhum candidato deve alcançar a maioria de 45% dos votos, exigida pela lei argentina para uma eleição em primeiro turno, ou conquistar 40% e superar o segundo colocado por uma maioria superior a 10 pontos percentuais. O segundo turno ocorrerá no dia 19 de novembro.

Dados preliminares divulgados por canais de TV argentinos já indicavam que a tendência na eleição deste domingo seria de segundo turno entre Massa e Milei.

Cinco candidatos disputavam a Casa Rosada: o governista Sergio Massa (Unión por la Patria), o libertário Javier Milei (La Libertad Avanza), a liberal Patricia Bullrich (Juntos por el Cambio), o centrista Juan Schiaretti (Hacemos por Nuestro País) e o oposicionista de esquerda Myriam Bregman (Frente de Izquierda).

Votos fora da Argentina

O Consulado da Argentina em São Paulo informou que registrou alta participação de eleitores argentinos, sem especificar o número. Ao todo, 11.900 argentinos estão aptos a votar em São Paulo.

Em Israel e na Ucrânia, territórios atualmente em guerra, mais de 14 mil eleitores não puderam votar para presidente, vice-presidente, 24 senadores, 130 deputados, além de 43 parlamentares do Mercosul.

Na disputa pelo governo de Buenos Aires, a mesma apuração mostra uma ampla vantagem do candidato apoiado por Massa, Axel Kicillof, com cerca de 45% dos votos, contra o principal adversário, Néstor Grindetti, com pouco mais de 25% – o que garantiria uma vitória em primeiro turno.

Na história recente, houve apenas dois segundos turnos na Argentina: em 2003, Néstor Kirchner iria disputar contra Carlos Menem, mas o ex-presidente desistiu. Em 2015, Mauricio Macri chegou em segundo contra Daniel Scioli e virou a disputa.

Número de eleitores

Compareceram às urnas, neste domingo, 77,65% dos eleitores, segundo as autoridades eleitorais argentinas, o que o secretário exaltou como valorização do sistema democrático.

“O povo argentino, com esta porcentagem de participação, demonstrou mais uma vez seu compromisso com o sistema democrático, sobretudo neste ano em que completamos 40 anos de vigência do sistema democrático, com todos sabendo o que custou ao povo argentino chegar ao sistema democrático”, disse.

Vitobello esteve acompanhado, em sua declaração, do diretor nacional eleitoral, Marcos Schiavi, e da presidente do Correio, Vanesa Piesciorovski.

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