Quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 28 de julho de 2024
Venezuelanos foram às urnas nesse domingo (28) em uma eleição presidencial tensa e crucial, que irá determinar o rompimento ou a continuidade do chavismo, no poder há 25 anos. O ditador Nicolás Maduro enfrenta como principal adversário o diplomata Edmundo González Urrutia.
A votação foi encerrada às 19h (20h no horário de Brasília), uma hora depois do horário oficial, devido a atrasos em algumas sessões eleitorais. Até às 23h30min da noite, nenhum resultado preliminar havia sido divulgado.
Edmundo González Urrutia representa a popular líder da oposição María Corina Machado, impedida de concorrer devido a uma inabilitação política após vencer as primárias com mais de 90% dos votos no ano passado.
O dia foi marcado por longas filas em algumas seções eleitorais. Os pontos de votação deveriam abrir às 6h, no horário local (7h, de Brasília), mas, cerca de 2h40min depois, 5% deles ainda não tinham sido abertos, segundo o CNE (Conselho Nacional Eleitoral). Em um ponto de votação em Caracas, houve confusão com empurrões e tapa na fila de eleitores antes da abertura dos portões.
No mesmo local, a polícia chegou a impedir a entrada de ao menos oito representantes partidários autorizados pelo Conselho Nacional Eleitoral venezuelano (CNE), informou a agência de notícias AP.
O porta-voz da campanha de Edmundo González afirmou que a coalizão de oposição não estava tendo acesso à contagem oficial, realizada pelo CNE. Mais cedo, González e a líder María Corina Machado haviam pedido à população que fizesse vigílias nos centros de apuração para se certificar de que estes entregariam as atas das urnas e possibilitassem uma verificação independente da contagem.
Maduro González, votaram na manhã desse domingo e falaram em respeito ao resultado e à vontade dos eleitores. “Reconheço e reconhecerei o árbitro eleitoral, os boletins oficiais e garantirei que sejam respeitados”, disse Maduro, após deixar o local de votação.
A declaração foi feita dias depois de o presidente venezuelano afirmar que o país poderá enfrentar um “banho de sangue” e uma “guerra civil” caso ele não seja reconduzido ao cargo.
González, por sua vez, disse acreditar que o desejo popular será atendido. “Confiamos que as Forças Armadas respeitarão a decisão do nosso povo”, afirmou.
Menos de duas horas após o encerramento da votação, tanto representantes da oposição e do governo venezuelano indicavam publicamente uma vitória do seu próprio campo político. As informações são dos jornais O Estado de S. Paulo e O Globo e de agências internacionais de notícias.