A campanha pela Presidência dos Estados Unidos entrou na reta final. No sábado (2), o último antes da eleição desta terça-feira (5), os candidatos Donald Trump e Kamala Harris foram atrás dos eleitores de regiões onde a disputa será voto a voto. Em uma corrida extremamente apertada, os candidatos passaram o dia percorrendo Estados decisivos.
Na Carolina do Norte, o ex-presidente Donald Trump disse que é o único que pode salvar a economia – um dos temas em que é bem avaliado pelos eleitores. Trump perguntou aos apoiadores:
“Vocês querem perder suas economias da vida inteira porque botaram uma mulher fraca e louca na presidência?”.
Também na Carolina do Norte, Kamala Harris disse que é hora de ter uma nova geração na liderança do país.
Mais cedo, ela fez comício em outro estado decisivo, a Geórgia, e pediu que os eleitores virassem a página do que chamou de “uma década de Donald Trump”.
Ela disse que, se for eleita, vai lutar pela liberdade das mulheres de tomarem decisões sobre seus corpos – foi uma referência à defesa do direito ao aborto.
Joe Biden fez a última aparição na campanha. O presidente foi à cidade natal dele, Scranton, na Pensilvânia, pedir votos para a democrata:
“Faltam apenas três dias para a eleição. Os desafios são enormes. A escolha não pode ser mais clara”.
Nessa reta final, os candidatos fazem uma maratona em busca de cada eleitor. Trump e Kamala estão empatados nas pesquisas. Cerca de 70 milhões de pessoas já votaram de forma antecipada. Em um país onde o voto não é obrigatório, o desafio agora é motivar quem ainda não votou a sair de casa para escolher o próximo presidente dos Estados Unidos.
Empate técnico
Kamala Harris e Donald Trump continuam em um cenário de empate técnico em todos os Estados-chave na disputa pela presidência, segundo nova pesquisa de intenção de voto do New York Times/Siena divulgada nesse domingo (3).
Segundo o jornal norte-americano “The New York Times”, que encomendou a pesquisa, o resultado prevê um “desfecho acirrado” na disputa entre Kamala e Trump nesses estados.
Ao contrário de boa parte dos estados americanos, em que tradicionalmente o mesmo partido vence a eleição, os estados-chave são aqueles que, ao longo de diferentes pleitos, não demonstram uma preferência clara por republicanos ou democratas. Ou seja, a depender da campanha, das pesquisas e da eleição anterior, esses estados podem mudar de lado. Por isso, são tão cobiçados.
A diferença entre Kamala e Trump em todos os estados-chave aparece dentro da margem de erro, de 3,5 pontos percentuais
A pesquisa entrevistou 7.879 eleitores prováveis nos sete estados-chave, incluindo 1.025 eleitores no Arizona, 1.004 eleitores na Geórgia, 998 eleitores em Michigan, 1.010 eleitores em Nevada, 1.010 eleitores na Carolina do Norte, 1.527 eleitores na Pensilvânia e 1.305 eleitores em Wisconsin, entre 24 de outubro e 2 de novembro. As informações são do Jornal Nacional e do portal de notícias G1.