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Geral Eleições nos Estados Unidos: saiba de quantos Estados Trump precisa para ganhar a corrida pela Casa Branca

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Posse do republicano Donald Trump será nesta segunda-feira (20). (Foto: Reprodução)

O ex-presidente americano Donald Trump precisa de ao menos 270 votos do Colégio Eleitoral dos Estados Unidos para voltar à Casa Branca em um novo mandato pelo Partido Republicano. A população vai às urnas pela corrida presidencial em 5 de novembro.

Ao contrário do Brasil, a votação para a Presidência americana não é obrigatória e não acontece em sistema majoritário e direto (quando o chefe do Executivo é eleito pela maioria dos votos da população).

Nos Estados Unidos, os eleitores votam nos candidatos, principalmente naqueles ligados aos dois partidos principais — Republicano e Democrata. No entanto, fica a cargo dos delegados de cada estado decidir, com base na escolha da maioria dos eleitores, qual deles assumirá o mandato de quatro anos na Casa Branca.

“Votando no Donald Trump ou na Kamala Harris, o eleitor está votando no Partido Republicano ou Democrata e, também, nos delegados que esses partidos indicam para compor o Colégio Eleitoral”. Em 48 dos 50 estados [exceto Maine e Nebraska], o vencedor “leva tudo”. Ou seja, se a votação ficar a 51% a 49%, o que tiver mais fica com todos os delegados, explica Maurício Fronzaglia, professor do departamento de Relações Internacionais da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Por conta disso, nem sempre o candidato mais votado pela população assume o cargo. Isso aconteceu nas eleições de 2016, por exemplo. Na época, Hillary Clinton obteve 2,8 milhões de votos populares a mais que Trump.

Trump, no entanto, recebeu 277 votos do Colégio Eleitoral, enquanto Hillary 215. O republicano foi eleito e chegou a disputar a reeleição em 2020, quando foi derrotado pelo atual presidente Joe Biden.

O Colégio Eleitoral americano conta com 538 delegados. Para vencer a eleição, Donald Trump ou Kamala Harris precisam da maioria de votos — ao menos 270.

O número de delegados, por sua vez, é distribuído proporcionalmente aos estados de acordo com o tamanho de sua população. Estados maiores e mais populosos, como a Califórnia e o Texas, têm mais delegados em comparação ao Alasca e/ou Dakota do Norte, por exemplo.

Dos 50 estados americanos, 20 tiveram maioria republicana nas últimas 4 eleições (2008, 2012, 2016 e 2020). Caso isso se repita este ano, Trump poderá ter 149 votos dos delegados nessas localidades. Faltarão 121 para que atinja a marca de 270.

Em contrapartida, 17 estados escolheram candidatos democratas nos últimos quatro pleitos. Em um cenário de repetição, Kamala Harris poderia alcançar 169 votos. Faltariam, então, 101 para que ela tivesse o mínimo necessário. “O resultado já é previsível nesses locais porque são estados historicamente democratas ou republicanos”, afirma Fronzaglia.

Nesse cenário, os estados do Arizona, Geórgia, Michigan, Nevada, Carolina do Norte, Pensilvânia e Wisconsin são considerados pêndulos, uma vez que historicamente não têm um partido definido como a maioria dos outros.

Na prática, eles são decisivos na disputa presidencial, já que a população, e consequentemente os delegados, podem ficar tanto do lado Republicano quanto do Democrata. “Depende muito do candidato, da conjuntura política [daquele momento]”, enfatiza Williams Gonçalves, professor do departamento de Relações Internacionais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UERJ).

O docente ressalta que determinados estados são tradicionalmente democratas ou republicanos. “É um comportamento político determinado pelos hábitos, costumes e cultura”, diz.

Mesmo que conseguisse os votos de todos os estados que votaram sucessivamente no Partido Republicano nas últimas eleições e dos pêndulos, Trump ainda não teria o mínimo necessário para ganhar a disputa. Ele precisaria dos votos de outros estados.

Nesse cenário, há aqueles que não são considerados pêndulos, mas também oscilaram entre apoiar democratas e republicanos entre as votações de 2008 e 2020. Iowa, por exemplo, deu maioria a Barack Obama, do Partido Democrata, nas eleições de 2008 e 2012. Nas de 2016 e 2020, no entanto, votou pelo Republicano.

Já Indiana teve maioria democrata na eleição de 2008. Em todas as seguintes, obteve maioria republicana. Os delegados da Flórida, por sua vez, deram maioria a Obama nas eleições de 2008 e 2012. Nas de 2016 e 2020, Trump ficou em primeiro no estado. As informações são do jornal Valor Econômico.

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