Ao contrário de muitas democracias ocidentais, nos Estados Unidos, o presidente não é eleito diretamente pelo voto dos cidadãos. Os eleitores (cerca de 218 milhões) escolhem na verdade o chamado Colégio Eleitoral.
Esse órgão é composto por um total de 538 representantes de todos os Estados, incluindo Washington D.C..
O número desses representantes (delegados) que corresponde a cada Estado é calculado proporcionalmente à sua população e ao número de parlamentares que o representam (tanto na Câmara dos Representantes quanto no Senado).
Na lista abaixo, mostramos com quantos delegados cada Estado contribui para o Colégio Eleitoral:
1) Alabama – 9
2) Alasca – 3
3) Arizona – 11
4) Arkansas – 6
5) Califórnia – 55
6) Colorado – 9
7) Connecticut – 7
8) Delaware – 3
9) Distrito de Columbia – 3
10) Flórida – 29
11) Geórgia – 16
12) Havaí – 4
13) Idaho – 4
14) Illinois – 20
15) Indiana – 11
16) Iowa – 6
17) Kansas – 6
18) Kentucky – 8
19) Louisiana – 8
20) Maine – 4
21) Maryland – 10
22) Massachusetts – 11
23) Michigan – 16
24) Minnesota – 10
25) Mississippi – 6
26) Montana – 3
27) Nebraska – 5
28) Nevada – 6
29) New Hampshire – 4
30) Nova Jersey – 14
31) Novo México – 5
32) Nova York – 29
33) Carolina do Norte – 15
34) Dakota do Sul – 3
35) Ohio – 18
36) Oklahoma – 7
37) Oregon – 7
38) Pensilvânia – 20
39) Rhode Island – 4
40) Carolina do Sul – 9
41) Dakota do Sul – 3
42) Tennessee – 11
43) Texas – 38
44) Utah – 6
45) Vermont – 3
46) Virgínia – 13
47) Virgínia Ocidental – 5
48) Washington – 12
49) Wisconsin – 10
50) Wyoming – 3
Em 48 Estados e no Distrito de Columbia, quem conquista mais votos ganha todos seus delegados. Maine e Nebraska são os únicos Estados que dividem seus votos.
Estes dois Estados conferem dois delegados ao candidato que ganhou pela soma do voto popular e os restantes são eleitos conforme os resultados nos distritos (dois no Maine e três em Nebraska) que escolheram representantes para o Congresso.
Os eleitores dos Estados Unidos, assim como no Brasil, escolhem o presidente a cada quatro anos e o voto é depositado de forma secreta. Contudo, o ano de 2020, marcado pela pandemia de covid-19 reforçou uma peculiaridade: os votos antecipados. Na véspera da eleição, mais de 95 milhões já haviam registrado sua preferência, tanto presencialmente quanto pelo correio.
Há ainda outras duas diferenças fundamentais entre a eleição norte-americana e a brasileira. A primeira trata-se da modalidade do voto. Nos Estados Unidos os eleitores não são obrigados a “exercer a cidadania”. Ou seja, o voto é facultativo.
A segunda distinção, e a que gera mais dúvidas, está no caráter indireto da eleição. Nos EUA, apesar de os eleitores marcarem o nome do candidato nas cédulas, os votos são encaminhados para os chamados delegados no Colégio Eleitoral. Estes delegados, por sua vez, irão representar os eleitores do seu Estado, confirmando a maioria dos votos populares em determinado candidato.
Por causa dessa “representação”, há uma série de dificuldades para que as pesquisas possam prever o real cenário eleitoral. O pleito de 2016, que deu vitória a Trump, a despeito de todos os levantamentos, é um dos maiores exemplos disso.
Nos Estados Unidos, a Presidência é sempre concentrada em dois partidos: o Democrata e o Republicano. Apesar dos dois serem os maiores e mais importantes no país, eles não são os únicos. Nas eleições deste ano, por exemplo, outros nove partidos concorrem à Casa Branca, entre Libertário, Verde, independentes e até o recém-criado Birthday, do rapper Kanye West.
Contudo, esses partidos menores e os candidatos independentes não têm condições reais de disputar as eleições, e, por vezes, nem mesmo figuram nas cédulas eleitorais de todos os estados, não alcançando representação para ter votos. Essa diferença em destaque é sentida até nos debates, em que apenas os candidatos democrata e republicano costumam participar.