Domingo, 09 de março de 2025
Por Redação O Sul | 5 de outubro de 2024
O objetivo é esclarecer melhor o caso e identificar outros participantes do esquema.
Foto: PF/DivulgaçãoA Polícia Federal (PF) prendeu, neste sábado (5), três suspeitos. Entre eles, dois servidores públicos – acusados de sacar R$ 5 milhões em espécie para a compra de votos em um candidato no município de Castanhal, no Pará.
Os homens foram detidos em flagrante após sacarem a quantia em um banco. O dinheiro foi armazenado em malas e mochilas, e seria usado para influenciar eleitores nas eleições municipais deste domingo (6).
Além da acusação por crime eleitoral, os presos foram autuados por associação criminosa. Também foram apreendidos um veículo usado no crime, celulares e outros dispositivos eletrônicos.
A PF abriu um inquérito para dar continuidade às investigações. O objetivo é esclarecer melhor o caso e identificar outros participantes do esquema.
Crimes eleitorais
Até a última quinta-feira (3), a PF já tinha apreendido mais de R$ 16,7 milhões em bens – sendo R$ 11 milhões em espécie, durante ações de combate a crimes eleitorais neste ano.
Segundo a corporação, os recursos estão ligados a irregularidades cometidas por pessoas durante a propaganda eleitoral das eleições municipais de 2024.
Nos últimos meses, foram deflagradas mais de 40 operações de combate a crimes no País. Além disso, estão em curso cerca de 2.200 inquéritos para investigar crimes eleitorais e contra o Estado Democrático de Direito.
Eleições 2024
Mais de 155 milhões de eleitores terão de comparecer às urnas para a escolha de novos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores em 5.569 municípios. As exceções ficam por conta do Distrito Federal, de Fernando de Noronha (PE) e de cidadãos que residem no exterior. A Constituição prevê que o voto é obrigatório para as pessoas maiores de 18 anos e facultativo para analfabetos, jovens com 16 e 17 anos e eleitores com mais de 70 anos.
Segundo os números divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), neste ano o voto será obrigatório para 135,3 milhões de pessoas — as alfabetizadas e com idade entre 18 e 70 anos. Nas urnas, os candidatos disputarão a preferência do eleitorado para 5.569 vagas de prefeitos, com igual número de vice-prefeitos e, ainda, 58.444 postos de vereadores.
Ao todo, a Justiça Eleitoral registrou 463.373 pedidos de candidaturas, sendo 431.984 (93,3%) para vereadores. Os números de candidatos para prefeitos e vice-prefeitos são similares, pouco mais de 15 mil postulantes a cada um dos cargos.
Além do voto no dia 6 de outubro, eleitores de 103 cidades poderão ter de comparecer às urnas três semanas depois, no dia 27 de outubro. É o segundo turno da eleição, que no pleito municipal pode ocorrer em cidades cujo eleitorado apto é superior a 200 mil pessoas.
O segundo turno ocorre nos casos em que nenhum dos candidatos obtém a maioria absoluta dos votos (metade mais um dos votos válidos) na primeira fase da eleição. De acordo com os dados fornecidos pelo TSE, juntas, as 103 cidades com possibilidade de segundo turno respondem por 38,8% do eleitorado nacional, com 60,5 milhões de pessoas. O eleitor terá duas escolhas a fazer no dia 6 de outubro: prefeito e vereador. Na urna eletrônica será dado primeiramente o voto para vereador, composto por cinco dígitos e, na sequência, a definição do prefeito e vice-prefeito, em um único voto, com dois dígitos.
Para o cargo de vereador o eleitor tem a opção do chamado voto de legenda. Neste caso, ele deverá registrar na urna somente os dois primeiros dígitos da candidatura. Dessa forma, o voto será contabilizado para o partido, diferente do voto nominal, dado diretamente ao candidato com o registro dos cinco dígitos.
A eleição ocorrerá de forma simultânea em todo o País, com o início previsto para às 8h e encerramento às 17h, sempre no horário de Brasília.
Os eleitores que tiverem ingressado no local de votação até às 17h, mas que porventura enfrentem fila para votar, poderão exercer o direito regularmente, ainda que já tenha passado do horário limite das 17h. O prazo é válido para o fechamento dos portões nos locais de votação.