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Mundo Eleições presidenciais nos EUA: insultos e perguntas difíceis marcam a preparação de Kamala e Trump para o debate desta terça

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Candidatos usaram abordagens distintas para chegarem ao primeiro embate entre os dois diante das câmeras. (Foto: Reprodução)

A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, se fechou por cinco dias em um hotel de Pittsburgh, em uma longa e coreografada série de exercícios antes do debate da noite desta terça-feira (10). Há um palco, iluminação de TV e um assessor não apenas representando Donald Trump, mas o incorporando, usando um terno largo e uma gravata longa.

As preparações do ex-presidente são mais improvisadas. Elas são chamadas não de “preparo de debate”, mas sim de “tempo de políticas”, para relembrá-lo de tópicos importantes. Ninguém está representando Kamala; por vezes, assessores se sentam em uma mesa comprida e lançam perguntas em sequência. Por vezes, Trump se levanta e chega perto deles. Foram apenas algumas sessões, sendo que uma delas foi interrompida para que ele e seus assessores pudessem assistir ao discurso de Kamala Harris na Convenção Nacional Democrata.

Embora os preparativos para a grande noite na Filadélfia sejam muito diferentes, os dois lados veem o debate da mesma forma, de acordo com entrevistas com dezenas de pessoas próximas dos candidatos, sendo que algumas pediram para não ser identificadas. As duas campanhas acreditam que o embate é um momento crucial para definir Kamala para milhões de eleitores em estados-pêndulo que sabem o que pensar sobre Trump, mais ainda estão curiosos sobre ela.

Exibir os instintos mais autodestrutivos de Trump é uma prioridade para Kamala, assim como passar uma imagem “presidencial”.

“Ela não pode ser fisgada, ela deve fisgá-lo”, disse Hillary Clinton, a última mulher a debater com Trump. “Quando eu disse que ele era um fantoche russo, simplesmente se perdeu no palco. Acho que esse é um exemplo de como você apontar um fato sobre ele pode realmente tirá-lo do sério”, disse ela numa entrevista.

Kamala e as pessoas a assessorando entendem que o debate será uma corrida para se definir e definir sua marca política antes que Trump o faça. E apesar de todo o ruído nos círculos liberais sobre como Trump estaria torpedeando a própria campanha com seu comportamento errático, Kamala e seu círculo próximo não o estão menosprezando.

Nas sessões de preparação de Trump, o deputado Matt Gaetz assumiu o papel de fazer perguntas difíceis, incluindo sobre temas delicados, como suas condenações criminais, segundo uma pessoa que acompanhou as reuniões. Tulsi Gabbard, ex-deputada democrata que ganhou notoriedade por seus ataques a Kamala nos debates entre pré-candidatos do partido em 2019, também está ajudando o republicano.

Riscos

Os assessores sabem do risco de Trump soar muito agressivo, como o fez em seu primeiro e desastroso debate com Joe Biden em 2020, quando um então candidato à reeleição (e infectado com Covid) suou muito e interrompeu o rival incessantemente. Eles temem que o ex-presidente não consiga evitar mostrar seu profundo desprezo por Kamala, ou que soe professoral ao dar lições a uma rival.

Ao mesmo tempo em que ele dizia que Hillary era “esperta” e alguém que trabalhava duro, Trump acredita que Kamala não é inteligente, afirmam aliados. Em privado, usa linguagem misógina para descrevê-la, e faz fofoca sobre suas relações românticas no passado, incluido com Willie Brown, ex-prefeito de São Francisco.

Aliados e assessores pediram que se torne o “Trump feliz” no debate, ao invés do “Trump malvado e valentão”, como um conselheiro resumiu, enquanto faz uma comparação entre suas propostas e as da democrata. A abordagem também tem riscos: uma pessoa próxima a ele disse que se Trump aditar seu melhor comportamento, pode passar uma imagem de alguém com a “energia baixa”.

A equipe de Trump também espera que ele se veja diante de questões sobre aborto, um tópico que o expôs nas últimas semanas, e sobre o qual tem mostrado grande incerteza sobre seu posicionamento.

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