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Eleições nos Estados Unidos: Comitê Nacional do presidente Joe Biden adia em uma semana oficialização da candidatura dele diante da pressão interna crescente para que ele abandone a disputa

Biden ficará em isolamento nos próximos dias por ter contraído covid. (Foto: Reprodução)

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou em uma entrevista divulgada nessa quarta-feira (17) que reconsideraria sua permanência na corrida presidencial se um médico o informasse diretamente que tem uma condição médica que o obrigasse a isso – horas depois, o líder americano teve de cancelar atos de campanha após a confirmação de que contraiu covid-19. A declaração foi feita no mesmo dia em que o Comitê Nacional Democrata (DNC, na sigla em inglês) adiou os planos de confirmar a candidatura de Biden em uma chamada virtual para o início de agosto, antes da convenção do partido em Chicago.

A movimentação ocorre após a oficialização de Donald Trump como candidato republicano à Casa Branca. Caso isso aconteça, a nomeação de Biden ocorrerá antes do previsto. Normalmente, a formalização é feita somente durante a Convenção Nacional Democrata — marcada para começar no dia 19 de agosto.

Em um comunicado, o governo dos Estados Unidos afirmou que o presidente testou positivo para a covid-19 após apresentar sintomas respiratórios leves, incluindo coriza, tosse e mal-estar.

“Seus sintomas permanecem leves, sua frequência respiratória está normal em 16, sua temperatura está normal em 97,8 [36,5ºC] e sua oximetria de pulso está normal em 97%”, afirmou a Casa Branca.

Os médicos do presidente ainda aguardam o resultado de um exame PCR. Enquanto permanecer isolado, Biden ficará em uma residência no estado de Delaware. A Casa Branca afirmou que o presidente tomou todas as vacinas contra a Covid-19.

Antes de subir no avião presidencial para ir para Delaware, Biden disse a jornalistas que estava se sentindo bem. Ele não estava usando máscara, segundo a imprensa norte-americana. O presidente já havia sofrido com um resfriado forte no fim de junho, quando participou de um debate contra Donald Trump. À época, ele justificou a doença como um fator que contribuiu para o fraco desempenho no encontro.

Ao mesmo tempo, uma nova pesquisa indica que quase dois terços dos eleitores democratas (65%) querem que Biden desista da candidatura. A consulta foi realizada pelo Centro de Pesquisa de Assuntos Públicos AP-NORC. A maioria das entrevistas foi realizada antes do atentado contra Trump.

Apesar do aumento da pressão para que Biden desista de concorrer à reeleição, a pesquisa de intenção de voto mais recente realizada pela CBS News/YouGov mostra que o ex-presidente Donald Trump está à frente de Biden entre os prováveis ​​eleitores (nos Estados Unidos, o voto não é obrigatório) em nível nacional, por 52% a 47%. A pesquisa foi realizada de terça (16) a quinta-feira (18), após a tentativa de assassinato contra Trump e durante o início da Convenção Nacional Republicana.

Os resultados marcam a maior vantagem até agora para Trump na pesquisa da CBS/YouGov, que anteriormente mostrava uma disputa consistentemente acirrada entre os dois candidatos. Levantamentos divulgados no início deste mês por outros veículos variavam, indicando desde vantagem para Trump a uma disputa equilibrada.

 

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