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Política Eleitor é investigado por colar teclas de urna eletrônica durante votação em São Paulo

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Em Campo Grande, suspeito perguntou a advogado se era crime colar as teclas. (Foto: TRE-RS/Divulgação)

Um homem está sendo investigado por colar as teclas “1” e “3” do teclado da urna eletrônica, em Jundiaí, interior de São Paulo. O intuito era evitar votos no candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), Luiz Inácio Lula da Silva.

O caso aconteceu na Escola Professor João Batista Curado, no bairro Jardim Tarumã, por volta das 9h. Por conta dos danos causados ao equipamento, a urna precisou ser substituída por agentes da Justiça Eleitoral.

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), causar dano físico, propositadamente, ao equipamento usado na votação ou na totalização de votos ou a suas partes, é crime, com pena prevista de cinco a 10 anos de prisão e pagamento de multa.

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) divulgou boletim informando que 202 urnas precisaram ser substituídas até o momento em todo Estado, somente na capital paulista foram 85 equipamentos. Esse total corresponde a 0,17% das urnas colocadas para votação no Estado.

O mesmo caso aconteceu com um jovem, em Mato Grosso do Sul. Um eleitor de 22 anos, identificado como Gabriel Scherer da Costa, foi preso pela polícia neste domingo (2), em Campo Grande, por colar as teclas de uma urna eletrônica.

O rapaz utilizou uma cola instantânea e de alta resistência para prender algumas teclas da urna na faculdade Estácio de Sá.

Gabriel agiu e conseguiu escapar sem ser descoberto inicialmente, mas o delito foi percebido momentos depois, a Polícia Federal foi acionada e deteve o rapaz na casa dele.

“O eleitor saiu, e o eleitor seguinte que foi votar constatou que os teclados estavam colados, por isso não foi possível votar”, explicou o juiz eleitoral Luiz Felipe Medeiros.

O advogado Joaquim Soares de Oliveira Neto contou que seu cliente ficou em pânico ao saber que tinha cometido um crime. “Assim que chegou em casa, ele me ligou perguntando se era crime e ficou em pânico”, falou.

Ele ainda revelou que Gabriel teria feito isso como forma de protesto, já que o rapaz afirmou que nada mudaria no país com o resultado das eleições. O advogado declarou que vai pedir que o homem faça um acompanhamento psicológico no Centro de Atenção Psicossocial.

Logo após a constatação da colagem, a urna eletrônica foi substituída e a votação seguiu normalmente.

A urna danificada foi enviada pela Polícia Federal para o Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

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