A Eletrobras anunciou que obteve um lucro líquido de R$ 2,7 bilhões no primeiro trimestre deste ano. O resultado, divulgado na segunda-feira (16), é 69% superior ao registrado no mesmo período de 2021 e foi impactado positivamente pelo aumento de 12% da receita bruta e também pelo desempenho financeiro da companhia, com destaque para o efeito da variação cambial.
Também contribuiu para o resultado positivo a redução de 3,4% no custo de PMSO – que responde pelos itens pessoal (P), material (M), serviços de terceiros (S) e outras despesas (O). Por outro lado, houve registro de R$ 1,2 bilhão em provisões para crédito de liquidação duvidosa, decorrente da inadimplência da distribuidora Amazonas Energia.
A receita operacional líquida apresentou crescimento de 12%, influenciada pelo reajuste de contratos bilaterais e das receitas de transmissão, aumento das tarifas fixas de Angra I e II e melhor performance da UTE Candiota III. A redução da dívida líquida da companhia em 4,6% é outro ponto positivo do trimestre, mantendo a relação dívida líquida/Ebitda recorrente igual a 1, reforçando o foco da empresa em disciplina financeira e liquidez, encerrando o trimestre com caixa consolidado de R$ 15 bilhões.
As provisões para contingências no período ficaram em R$ 671 milhões, sendo R$ 300 milhões relacionados ao empréstimo compulsório. A Eletrobras concluiu o trimestre com capacidade instalada de 50.491 megawatts, o equivalente a 28% da geração de energia elétrica do País, enquanto no segmento de transmissão a companhia detém cerca de 40% das linhas do Brasil.
Privatização
Nesta quarta-feira (18), o TCU (Tribunal de Contas da União) retoma o julgamento da segunda fase privatização da estatal, que atua nas áreas de geração e transmissão de energia.
O processo de privatização da Eletrobras está em análise no TCU desde setembro do ano passado. A pedido da área técnica, o tema foi dividido em duas etapas.