Sexta-feira, 31 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 5 de dezembro de 2016
A bacharel em direito Elize Matsunaga foi condenada a 19 anos, 11 meses e um dia de prisão, na madrugada desta segunda-feira (05), por matar e esquartejar o marido, Marcos Kitano Matsunaga, diretor da Yoki, em maio de 2012. O julgamento durou sete dias e foi um dos mais longos da Justiça de São Paulo.
O júri era formado por quatro mulheres e três homens. Eles ficaram reunidos por mais de duas horas e meia para definir a sentença. O juiz Adilson Paukoski deu a sentença às 2h07min desta segunda-feira. Elize ouviu a sentença vestida com camiseta branca, calça caqui e chinelo. O magistrado não permitiu que ela fosse fotografada.
A assassina foi condenada por homicídio sem chances de defesa da vítima e por destruição e ocultação de cadáver. Os jurados não consideraram as qualificadoras “motivo torpe” (por vingança e dinheiro) e “meio cruel” (que a vítima ainda estaria viva quando foi esquartejada), pedidas pela promotoria. Elize já havia cumprido quatro anos e meio de prisão antes do julgamento.
A defesa de Elize disse que vai recorrer da sentença. “O juiz subiu demasiadamente essa pena, não refletiu a decisão dos jurados. A dosimetria foi completamente equivocada no nosso entender”, disse o advogado Luciano Santoro. “Conseguimos afastar duas qualificadoras em um julgamento difícil. Tenho certeza que o tribunal vai reformar essa pena”, prosseguiu.
A promotoria afirmou que não deve recorrer. “Foi um julgamento justo e ela merecia aquilo que a sociedade reconheceu. Se recorrermos a pena não será muito maior. Não estou satisfeito. Estou satisfeito porque a justiça foi aplicada. Ela cometeu um crime hediondo, um assassinato frio. A meu ver a pena deveria ser entre 19 a 25 anos. Vou pensar se a gente vai recorrer”, disse o promotor José Cosenzo. (AG)