Por Redação O Sul | 8 de setembro de 2024
O magnata sul-africano Elon Musk, dono da SpaceX e da rede social X, afirmou que as primeiras naves espaciais não tripuladas com destino a Marte serão lançadas em dois anos. O empresário, que viu sua plataforma ser bloqueada em território brasileiro, destacou que a ação ocorrerá quando a próxima janela de transferência Terra-Marte for aberta, pois os planetas se alinham corretamente para missões interplanetárias uma vez a cada 26 meses.
“Elas não serão tripuladas para testar a confiabilidade do pouso intacto em Marte. Caso os pousos correrem bem, os primeiros voos com tripulação a bordo para Marte acontecerão em quatro anos”, afirmou. Musk ainda projetou que a quantidade de missões deverá “crescer exponencialmente”, mas seu principal objetivo é “construir uma cidade autossustentável em cerca de 20 anos” no chamado planeta vermelho.
Objetivo de vida
Por mais de duas décadas, Elon Musk concentrou a SpaceX, sua empresa de foguetes, em seu objetivo de vida de chegar à Marte. No último ano, ele também intensificou o foco em planos para viabilizar a vida fora da Terra, e a estadia do empresário em solo extraterrestre.
Musk orientou os funcionários da SpaceX a se aprofundarem no design e nos detalhes de uma cidade marciana, de acordo com o The New York Times. Uma equipe está elaborando planos para pequenos habitats em formato de domo, incluindo os materiais que poderiam ser usados para construí-los.
Outra está trabalhando em trajes espaciais para combater o ambiente hostil de Marte, enquanto uma equipe médica está pesquisando se os humanos podem ter filhos em outro planeta. O bilionário, inclusive, ofereceu seu esperma para ajudar a semear uma colônia.
As iniciativas são uma mudança em direção a um planejamento mais concreto para a vida em Marte, já que o cronograma de Musk se apressou. Em 2016, ele disse que levaria de 40 a 100 anos para ter uma civilização autossustentável no planeta. Em abril deste ano, Musk afirmou aos funcionários da SpaceX que agora espera que um milhão de pessoas estejam vivendo lá em cerca de 20 anos.
“Há uma grande urgência em tornar a vida multiplanetária”, disse, de acordo com um vídeo postado pela empresa. “Temos que fazer isso enquanto a civilização é forte”. As informações são do portal de notícias Terra e do jornal O Globo.
