Terça-feira, 04 de março de 2025
Por Redação O Sul | 8 de abril de 2024
Para o ministro do STF, Musk utilizou as redes sociais a fim de espalhar desinformação e desestabilizar as instituições do Estado Democrático de Direito
Foto: Carlos Moura/SCO/STFApós ameaças e ataques do bilionário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes determinou, na noite de domingo (7), que a conduta do empresário seja investigada em novo inquérito. Ele também incluiu Musk entre os investigados no inquérito já existente das milícias digitais.
Moraes ordenou ainda que a rede X não desobedeça nenhuma ordem da Justiça brasileira e estipulou multa de R$ 100 mil para cada perfil que for reativado irregularmente.
O ministro afirmou que viu indícios de obstrução da Justiça e incitação ao crime nas atitudes de Musk nos últimos dias. No sábado (6), o bilionário atacou as decisões de Moraes nas investigações comandadas pelo ministro.
Em cima de uma postagem de Moraes no X, ele publicou a seguinte provocação: “Por que você está exigindo tanta censura no Brasil?”. Depois, Musk ameaçou que a plataforma reativará contas bloqueadas, em desrespeito à Justiça, mesmo que, segundo ele, isso custe o fechamento da empresa no Brasil e prejudique o seu lucro.
No domingo (7), o bilionário postou uma foto de Moraes e disse que ele é o “Darth Vader” do Brasil, em referência ao vilão da franquia cinematográfica Star Wars.
Para o ministro, Musk utilizou as redes sociais a fim de espalhar desinformação e desestabilizar as instituições do Estado Democrático de Direito. “Na presente hipótese, portanto, está caracterizada a utilização de mecanismos ilegais por parte do X, bem como a presença de fortes indícios de dolo do CEO da rede social X, Elon Musk, na instrumentalização criminosa anteriormente apontada e investigada em diversos inquéritos”, afirmou Moraes.