Com o retorno das eleições democráticas, após o fim do regime militar no Brasil, o MDB foi o partido que mais elegeu presidentes dentro do Congresso Nacional.
Nos últimos 38 anos, a legenda foi responsável por 16 dos 22 presidentes do Senado e por seis dos 23 da Câmara dos Deputados, de acordo com informações divulgadas pela CNN.
Os dados têm como ponto de partida o ano de 1987, quando aconteceu a primeira eleição para a liderança do Legislativo após o regime militar. Ulysses Guimarães, que presidiu a Assembleia Constituinte na época, foi responsável por ocupar a cadeira de primeiro presidente do Senado. Foi ele também que promulgou a Constituição Federal de 1988.
Já ex-presidente da República José Sarney, também filiado à sigla, chegou a ocupar quatro vezes o cargo no Senado, enquanto o também ex-presidente Michel Temer comandou três vezes a presidência da Câmara dos Deputados pela legenda.
Após o MDB, o União Brasil – que contempla os antigos mandatos de políticos do PFL e DEM – segue na vice-liderança. Na sequência, aparece o PT, com quatro vitórias na Câmara e uma no Senado ao longo dos anos.
Presidentes por partido na Câmara
MDB: 8 vezes (1987 – 1989; 1989 – 1991; 1991 – 1993; 1997 – 1999; 1999 – 2001; 2009 – 2010; 2013 – 2015; 2015 – 2016)
União: 6 vezes (1993 – 1995; 1995 – 1997; 2002 – 2003; 2016 – 2017; 2017 – 2019; 2019 – 2021)
PT: 4 vezes (2003 – 2005; 2007 – 2009; 2010 – 2011; 2011 – 2013)
PSDB: 1 vez (2001 – 2002)
PCdoB: 1 vez (2005 – 2007)
Presidentes por partido – Senado
MDB: 16 vezes (1987 – 1989; 1989 – 1991; 1991 – 1993; 1993 – 1995; 1995 – 1997; 2001 – 2001; 2001 – 2003; 2003 – 2005; 2003 – 2005; 2005 – 2007; 2007 – 2007; 2007 – 2009; 2009 – 2011; 2011 – 2013; 2013 – 2015; 2015 – 2017; 2017 – 2019)
União Brasil: 3 vezes (1997 – 1999; 1999 – 2001; 2001 – 2001; 2019 – 2021)
PT: 1 vez (2007 – 2007)
Eleição
A eleição dos sucessores de Arthur Lira (PP-AL) no comando da Câmara e de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) no Senado está marcada para 1º de fevereiro. Na Câmara, o favorito é o deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB), que tem o apoio do atual presidente e de quase todos os partidos, exceto o Novo e o PSOL.
Já no Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) é o maior cotado e tem o apoio de Pacheco e de oito partidos, exceto PSDB e Novo.