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Em ano eleitoral, o aceno de ex-aliados a Jair Bolsonaro

A deputada Federal Joyce Hasselmann, agora responde a inquérito solicitado pela PGR. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Aliados de primeira hora que, nos últimos anos, viraram desafetos do presidente Jair Bolsonaro dão sinais de que as desavenças entre eles podem ser superadas. No PSL, antigo partido de Bolsonaro, duas das vozes mais ativas nas críticas ao presidente mudaram de tom: a deputada federal Joice Hasselmann e a deputada estadual Janaína Paschoal, ambas eleitas por São Paulo. Além disso, o presidente da legenda, Luciano Bivar, abriu as portas para um possível retorno de Bolsonaro, que deixou o PSL em novembro do ano passado, mas não conseguiu fundar seu próprio partido. Segundo Bivar, a decisão passaria pela bancada no Congresso.

A mudança de tom acontece após Bolsonaro atingir o melhor índice de aprovação desde o início do mandato, na pesquisa Datafolha de agosto. Joice foi confirmada como candidata do PSL à prefeitura de São Paulo na convenção desta segunda-feira. Em entrevista à Band, ela afirmou que apoiá-la seria a melhor opção para Bolsonaro na capital paulista.

Se o presidente quiser, junto com o seu pessoal, apoiar, ficar neutro, ou pelo menos entender que, para o caso dele, eu sou a melhor opção… Para o Jair Bolsonaro, eu sou a melhor opção. Eu não sou do PSDB, não sou petista, não sou de nenhum partido do Centrão”, disse Joice.

A parlamentar afirmou aceitar o apoio do presidente. “Então, mesmo com as pendengas que eu tive com o presidente, se ele olhar o quadro inteiro, a melhor candidata para ele sou eu. E se ele quiser me apoiar, ou pelo menos não usar de nenhum artifício sujo para me atacar, eu vou receber de muito bom grado.”

Já a deputada estadual Janaína Paschoal, que chegou a defender a renúncia de Bolsonaro, disse que, se o presidente quiser voltar ao partido, “será bem recebido”. Em março, ela acusou o presidente de cometer crime contra a saúde pública ao endossar manifestações em meio à pandemia.

Todos sabem que eu não tenho vida partidária e participo muito pouco dessas decisões. Mas tenho direito de dar minha opinião. Se o Presidente quer voltar, será bem recebido. No entanto, não cabe fazer exigências para afastar A ou B”, escreveu a deputada no Twitter.

Governador faz afago

Fora do PSL, outro antigo aliado que entrou em rota de colisão com Bolsonaro foi o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM). A divergência foi motivada por críticas do presidente a medidas de contenção ao coronavírus. Médico, Caiado disse que não podia admitir um presidente “lavar as mãos” e “responsabilizar” outras pessoas por um eventual “colapso” econômico. Em agenda recente, no entanto, o governador fez elogios ao presidente.

Com muita dificuldade, conseguiu fazer algo inédito. Conseguiu governar o país com apoio da população brasileira. Vossa Excelência mantém suas características no seu dia a dia. Um homem simples, corajoso e que segue os princípios que sempre o moveram até o momento”, afirmou o governador. As informações são do jornal O Globo.

 

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