Apoiadores de Jair Bolsonaro participaram, na manhã deste domingo (21), de uma manifestação na Praia de Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, em apoio ao ex-presidente. Em seu discurso, o ex-chefe do Executivo fez ataques ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Eles fizeram voltar à cena do crime o maior ladrão da história do Brasil. Um apoiador de ditaduras. O que eles querem é a ditadura, com o controle social da mídia. Acusam agora o homem mais rico do mundo, que é dono de uma plataforma cujo objetivo é fazer com que o mundo todo seja livre, que é o X, o nosso antigo Twitter”, disse Bolsonaro.
O ato deste domingo foi marcado para 10h, mas desde o começo da manhã já havia movimentação de participantes na orla. O primeiro a falar no trio-elétrico foi do general da reserva Walter Braga Netto, ainda antes do início dos pronunciamentos oficiais.
Pouco depois, Valdemar recebeu a palavra e apresentou diversos políticos do PL. Ao citar o senador Romário (RJ), que não está presente na manifestação, vaias foram ouvidas no público.
O primeiro integrante da família a chegar na Praia de Copacabana foi Flávio Bolsonaro, que teceu críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao falar com a imprensa.
“Olha como o Alexandre de Moraes interferiu nas eleições de 2022 de uma forma totalmente parcial. Ele desequilibrou a livre concorrência nas eleições para beneficiar o Lula. Infelizmente, essa é a realidade. Tantas pessoas nas ruas, é exatamente um grito de liberdade ante todas as arbitrariedades que nós temos visto. Há uma perseguição implacável por um ministro apenas, que a gente lamenta”, disse.
O ex-presidente também criticou o inquérito de que é alvo, que apura uma eventual tentativa de golpe de Estado, e as duas condenações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o tornaram inelegível, e defendeu o bilionário Elon Musk.
“É um homem que preserva pela liberdade para todos nós, que teve coragem de mostrar com todas as provas para onde nossa democracia estava indo. Não vamos falar de fraude, vamos considerar 2022 coisa passada, mas quando meu partido questiona dentro da lei, é multado em R$ 22 milhões. O TSE me torna inelegível porque eu sim me reuni com embaixadores, eu não me reuni com traficantes no Complexo do Alemão. Eu não coloquei do meu lado a dama do tráfico do Amazonas no ministério.”
No discurso, Bolsonaro exaltou a sua gestão e criticou o presidente Lula.
“O que fizemos ao longo dos 4 anos, que grande parte da mídia tradicional não mostrou. Quando se muda um governo, o que se pensa? É igual quando muda um técnico de futebol. Espera um time melhor. Dá pra comparar esses 38 ministros de Lula com os 23 de Bolsonaro?”, disse.
Bolsonaro negou ainda a existência de uma minuta de golpe, para interferir no resultado das eleições de 2022, documento encontrado pela Polícia Federal em operação para investir um suposto plano de ataque golpista. Ele também defendeu pessoas que participaram dos ataques de 8 de janeiro.
“Nós nunca jogamos fora das quatro linhas. Completando aqui o Silas Malafaia. Minuta de golpe. Alguém já viu essa minuta de golpe? Imprensa já viu a minuta de golpe? Ué? Por que não? Quando se fala em estado de sítio, é uma PROPOSTA que o presidente, dentro das suas atribuições constitucionais, pode submeter ao Parlamento brasileiro. O presidente não baixa decreto nenhum. Só baixa decreto depois que o Parlamento der sinal verde”, disse o ex-presidente.