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Notícias Em ato falho, Aécio diz que foi “reeleito presidente da República” em convenção do PSDB

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Defesa nega tentativa de Aécio de influenciar as investigações de CPI (Foto: Ed Ferreira/Folhapress)

Derrotado na última eleição ao Planalto para a presidenta Dilma Rousseff (PT), o senador Aécio Neves (PSDB-MG) cometeu um ato falho na terça-feira ao dizer que, no  domingo foi “reeleito presidente da República” na convenção de seu partido. A fala ocorreu durante entrevista de Aécio à Rádio Gaúcha. O tucano comentava o teor da entrevista concedida por Dilma ao jornal  Folha de S.Paulo, na qual ela acusa alas da oposição de estarem patrocinando um discurso “um tanto golpista”.

“Ao contrário do que diz a presidenta, o problema dela não é a oposição”, afirmou Aécio. “O que nós dissemos na nossa convenção, na convenção que me reelegeu neste domingo presidente da República, é que o PSDB é um partido pronto para qualquer que seja a saída, inclusive a permanência da presidenta”, afirmou. Alertado sobre o que havia dito pelo entrevistador, Aécio se corrigiu: “Não! Presidente do PSDB”.

O tucano voltou a criticar a postura da petista, dizendo que ela ainda avalia mal o cenário e que não se deu conta de que sua maior fragilidade está em setores da base do governo que decidiram não apoiá-la mais. “A verdade é que setores do PMDB já discutem de forma muito franca e aberta um cenário sem a presidenta”, alfinetou.
O tucano disse ainda que mesmo dentro do PT há quem duvide da permanência de Dilma à frente do cargo. Ele disse que um eventual afastamento da presidenta não seria fruto do trabalho da oposição, mas de ações dos tribunais. Dilma  é alvo de uma ação no TCU (Tribunal de Contas da União) sobre as chamadas “pedaladas fiscais”. Sua chapa também foi acionada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pelo PSDB, por abuso de poder político e econômico.

Aécio também classificou como “patética” a entrevista da presidenta. “A fragilização crescente de seu governo, a perda de iniciativa do Congresso, as denúncias de corrupção que não cessam, os problemas fiscais, mostram que essa sensação de vácuo de poder não é obra da oposição, que ela vai ter que responder nos tribunais.”

O senador também refutou as insinuações da presidente de que a oposição está defendendo um golpe contra a democracia. “O que cabe à oposição? Garantir que o Tribunal de Contas aja com independência, com altivez e com base nos relatórios técnicos. Que o TSE investigue as denúncias, garantir que as instituições funcionem. A saída, qualquer que seja ela, será constitucional. Portanto, não cabe à oposição protagonismo nessa questão [do impeachment].”

Na entrevista, Dilma disse não ver “base real” para “tirar um presidente” do poder. “Não vou terminar [o governo] por quê? Para tirar um presidente da República, tem que explicar por que vai tirar. Confundiram seus desejos com a realidade, ou tem uma base real? Não acredito que tenha uma base real. Não acho que toda a oposição seja assim. Assim como tem diferenças na base do governo, tem dentro da oposição”, considerou a presidenta.
Mais tarde, Aécio voltou a dizer que o PT considera “golpe tudo aquilo que vai na direção oposta e contraria os seus interesses”. E, novamente, o senador disse ainda que a presidenta deve se “preocupar” com os tribunais que investigam o governo.

Na Câmara, deputados da oposição também criticaram a postura da presidenta. Para o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), a fala de Dilma mostra que ela aceita o “jogo espúrio da troca de cargos, da compra de favores”. Segundo ele, a chefe do Executivo desconsiderou a importância institucional dos órgãos de controle ao dizer “eu não vou cair”.

“Mais do que uma prepotência, isso é uma desconsideração para com os órgãos de controle do País. Quem pode rejeitar as contas dela é o TCU. Quando ela diz isso, ela passa por cima de um órgão fiscalizador. Ela desconsidera que isso independe da sua vontade”, manifestou.

Oposição no Congresso
O líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE), afirmou que Dilma deveria abandonar o “discurso de bravata” e “serenar os ânimos”. Líder da legenda no Senado, Ronaldo Caiado (GO) disse que Dilma está “escrevendo o script” de quem está deixando o poder. “É o discurso do eu me garanto, não me intimidam”, “estou acostumada com isso”, sustentou.

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https://www.osul.com.br/em-ato-falho-aecio-diz-que-foi-reeleito-presidente-da-republica-em-convencao-do-psdb/ Em ato falho, Aécio diz que foi “reeleito presidente da República” em convenção do PSDB 2015-07-08
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