Terça-feira, 25 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 25 de fevereiro de 2025
Relatório da PF detalha como grupo agiria, com militares em frente ao prédio onde o ministro morava
Foto: Reprodução de TVA PF (Polícia Federal) encontrou uma mensagem de um agente da corporação na qual ele cita o suposto plano para matar o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes após as eleições presidenciais de 2022.
O áudio faz parte do material apreendido com os 40 indiciados pela suposta trama golpista para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No áudio, ainda sob sigilo judicial, o policial diz a colegas que “estavam com Moraes na mira para atirar”.
Nas mensagens, o agente também afirma qual armamento seria usado, segundo informações divulgadas pela CNN. O policial foi preso em novembro do ano passado sob acusação de ter se infiltrado na segurança de Lula, então presidente eleito, para repassar informações sensíveis aos investigados, e por fazer parte de um grupo de cinco pessoas que assassinariam autoridades.
A prisão foi autorizada pelo STF após análises do material apreendido em posse de Sérgio Rocha Cordeiro, capitão da reserva do Exército e ex-assessor especial do Gabinete Pessoal da Presidência da República.
De acordo com a investigação, o policial federal forneceu detalhes estratégicos sobre o esquema de segurança de Lula. Para a PF, seria parte do plano de morte.
A Operação Contragolpe da PF desvendou um plano para que, dentro da trama golpista, o ministro Moraes, Lula e seu vice, Geraldo Alckmin, fossem “neutralizados” por militares das Forças Especiais do Exército, segundo a PF. Quatro militares e o policial federal foram presos.
O relatório da PF detalha como o grupo agiria, com militares em frente ao prédio onde o ministro morava, na época, na Asa Sul de Brasília, “de prontidão para o ato”.
A análise completa desse e de outros áudios será enviada pela PF ao Supremo em relatório complementar, com a expectativa de que o ministro relator levante o sigilo.
A defesa do agente da PF citado afirmou que ainda não teve acesso a todos os áudios do caso.