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Em Curitiba, 2º turno terá Eduardo Pimentel e Cristina Graeml

Pimentel totalizou 33,51% dos votos válidos (313.347 votos), e Graeml obteve 31,17% (291.523 votos), segundo TSE. (Foto: Giuliano Gomes/PR Press)

Os candidatos Eduardo Pimentel (PSD) e Cristina Graeml (PMB) vão disputar o segundo turno em Curitiba nas eleições municipais de 2024. O resultado das urnas opõe candidatos alinhados à direita e que foram responsáveis por esquentar os últimos dias de campanha, com ataques pessoais e uma briga pelo eleitorado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que apoia oficialmente o atual vice-prefeito, mas que posou ao lado de Graeml e autorizou o uso da imagem dele nas redes sociais da candidata. A votação do segundo turno está marcada para 27 de outubro.

Na votação deste domingo (6), com 100% das seções eleitorais totalizadas, Pimentel teve 33,51% dos votos válidos (313.347 votos) e Graeml registrou 31,17% (291.523 votos).

Em seguida, vieram Luciano Ducci (PSB), com 19,44% (181.770 votos), e Ney Leprevost (União Brasil), que atingiu 6,49% (60.675 votos).

Atrás, ficaram Luizão Goulart (Solidariedade), com 4,41%; Maria Victoria (PP), com 2,19%; Roberto Requião (Mobiliza), com 1,83%; Professora Andrea Caldas (PSOL), com 0,86%; Samuel de Mattos (PSTU), com 0,06%; e Felipe Bombardelli (PCO), com 0,04%.

Grande aliança

Desde o período da pré-campanha, o objetivo do PSD, liderado pelo governador Ratinho Junior, era juntar o maior número possível de partidos em uma coligação de direita para suceder Rafael Greca na capital, dando mais tempo de televisão — a chapa ficou com 4 minutos e 42 segundos, o maior neste pleito. No fim, a composição somou oito siglas, incluindo o PL do ex-presidente Jair Bolsonaro, que costurou com Ratinho a vaga de vice para Paulo Martins.

Bolsonaro, aliás, pouco apareceu na campanha de Pimentel, exceto na reta final. A associação com o bolsonarismo ficou com Graeml, que chegou a se encontrar com o ex-presidente em Brasília e conseguiu a autorização dele para usar a imagem juntos nas redes sociais — a campanha dela, inclusive, esteve sob risco devido a um desentendimento com a Executiva Nacional do PMB, que destituiu o diretório local, mas o TRE confirmou a candidatura posteriormente.

Por outro lado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi figura quase inexistente na campanha curitibana, mesmo com o PT integrando a chapa de Ducci junto com o PDT do vice Goura — o risco do ex-aliado do tucano Beto Richa (PSDB) perder votos diante da rejeição a Lula em Curitiba foi determinante.

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