Preso duas vezes nas operações Eficiência e Segredo de Midas, que apontou um esquema de manipulação do mercado de capitais e lavagem de dinheiro para o ex-governador Sérgio Cabral, ele foi solto em agosto do ano passado.
“A acusação é falsa e absurda. Basta dizer que, em 2010, o deputado Aécio Neves não era mais governador de Minas. O deputado jamais intercedeu em favor de qualquer interesse do Sr. Eike Batista”, disse Aécio em nota enviada ao Congresso em Foco.
“É lamentável que acusações levianas, como essa, sejam aceitas por autoridades sem a menor comprovação, exclusivamente para atender interesse de um réu confesso de inúmeros crimes e que, agora, busca obter benefícios através de imputações que jamais serão comprovadas exatamente por serem falsas”, acrescentou.
Segundo o deputado, vazamentos selecionados de acusações vagas são estratégia de interesse de delatores e dificultam até mesmo a apresentação dos argumentos de defesa de quem é injustamente acusado.
O deputado também é acusado de receber propina do empresário Joesley Batista, do grupo JBS.
Negociação
A delação de Eike Batista ainda não está fechada, mas em fase final de negociação, segundo fontes da PGR (Procuradoria-Geral da República).
As equipes da PGR e do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro estão trabalhando em conjunto na negociação. Nesta sexta-feira (14), uma reunião entre as duas equipes da Lava-Jato, em Brasília, deve avançar ainda mais no acordo.
Nos últimos dias já circularam informações que estariam na delação de Eike, como do pagamento de R$ 20 milhões em propina a Aécio Neves e de que Eike entregaria três executivos de bancos, que teriam atuado na tentativa de socorro às suas empresas.