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Geral Em depoimento à Polícia Federal, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres diz que sua “única preocupação” era o combate aos crimes eleitorais

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Anderson Torres alega que “jamais interferiu nos planejamentos operacionais” da Polícia Rodoviária Federal. (Foto: Valter Campanato/ABr)

Em depoimento à PF (Polícia Federal) nesta segunda-feira (8), o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres afirmou que sua “única preocupação em meio às eleições 2022 era o combate a crimes eleitorais, independentemente de candidato ou partido”. O aliado do ex-presidente alega que “jamais interferiu nos planejamentos operacionais” da PRF (Polícia Rodoviária Federal) quanto a blitzes e abordagens do segundo turno das eleições.

O ex-ministro foi ouvido nesta segunda sobre a atuação da PRF nas eleições 2022, em especial no segundo turno, quando Lula foi eleito para seu terceiro mandato presidencial.

A defesa de Torres afirmou que o depoimento ocorreu “dentro da normalidade”. Segundo os advogados, o ex-ministro “abriu mão” do direito a ficar em silêncio, tendo respondido todas as perguntas feitas pelos investigadores durante a oitiva na sede da Polícia Federal em Brasília.

Estado de saúde

O depoimento foi colhido nesta segunda-feira, após um adiamento em razão do estado de saúde de Torres. A oitiva foi reagendada após o Governo do Distrito Federal descartar transferir Torres para o hospital penitenciário.

Trata-se do terceiro depoimento prestado pelo ex-ministro da Justiça. No primeiro, ele falou sobre as acusações de “omissão” ante os atos extremistas do 8 de janeiro. Depois, perante o Tribunal Superior Eleitoral, depôs sobre a “minuta do golpe” – documento apreendido pela Polícia Federal em um armário da residência de Torres, em Brasília.

Torres foi instado a depor sobre o caso no mesmo dia em que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, manteve sua prisão por suposta conivência com os atos golpistas do dia 8 de janeiro. Na ocasião, o magistrado apontou “fortes indícios” da ligação de Torres com “minuta do golpe” e com fiscalizações em massa da PRF no segundo turno. Alexandre classificou as blitz, especialmente em rodovias do Nordeste como “operação golpista” “para tentar subverter a legítima participação popular”.

No mesmo dia, o Ministério da Justiça divulgou o número de operações feitas pela PRF nas eleições 2022, mostrando que a corporação fiscalizou, entre os dias 28 e 30 de outubro, 2.185 ônibus em estradas do Nordeste – mais que o dobro das ações de mesmo teor registradas no centro-oeste (893), quatro vezes mais que o número de blitz efetuadas no Sudeste e sete vezes mais do que no Norte do País. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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