Sábado, 11 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 18 de outubro de 2022
"Meu pai sempre cuidou das negociações de contrato", garantiu o craque
Foto: Lucas Figueiredo/CBFNeymar afirmou nesta terça-feira (18), durante o julgamento sobre as supostas irregularidades na transferência do jogador do Santos para o Barcelona, ocorrida em 2013, que apenas assinava os documentos que o seu pai apresentava.
“Meu pai sempre cuidou das negociações de contrato. Eu assino o que ele pede”, disse Neymar ao ser questionado pela Promotoria, que o acusa de corrupção e pede dois anos de prisão para o craque brasileiro, além do pagamento de multa de 10 milhões de euros (o equivalente a R$ 51 milhões).
Após comparecer ao tribunal, em Barcelona, na segunda-feira (17), Neymar voltou à Corte nesta terça, dessa vez para prestar depoimento. O jogador garantiu que não participou da negociação com o clube catalão. “Não participei da negociação. Sempre meu pai que cuidou. E sempre será”, disse.
O pai de Neymar, que depôs na sequência do filho, confirmou a versão dada pelo jogador, de quem também é empresário. Neymar pai afirmou que o filho “sempre se preocupou em jogar futebol” e “sempre confiou” na gestão de seus direitos.
“Ele nunca participa de negociações. Isso não quer dizer que ele é alienado, pelo contrário. Nós fazemos a vontade dele. Nós trabalhamos. Criamos uma proteção com advogados tributários, comerciais, civis, para poder dar segurança não apenas para Neymar, mas para toda a família”, afirmou o empresário.
O julgamento, que prossegue até o dia 31 deste mês, marca a etapa final de um grande imbróglio que o brasileiro enfrenta na Justiça espanhola e que causou a demissão do então presidente do Barcelona, Sandro Rossel.
A ação foi apresentada há sete anos pelo grupo DIS, fundo que possuía parte dos direitos econômicos do atleta quando ele era atacante do Santos. A DIS alega que recebeu menos do que deveria pela transferência, já que, segundo o grupo, o valor total do passe foi diluído em contratos fictícios.
Neymar é acusado de corrupção empresarial pelo Ministério Público da Espanha. Os advogados do atleta afirmam que ele não cometeu crime e questionam se a Espanha tem competência legal para o caso.
Ao lado do jogador do PSG, também são processados seus pais, os ex-presidentes do Barcelona Sandro Rosell e Josep Maria Bartomeu e o ex-presidente do Santos Odílio Rodrigues Filho. Os outros acusados são três pessoas jurídicas: FC Barcelona, Santos FC e a empresa fundada pelos pais de Neymar para administrar a sua carreira.