Terça-feira, 08 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 29 de setembro de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Os atrasos nos pagamentos dos governos estaduais, que se repetem a cada mês, confirmam: a despesa ultrapassou em muito a capacidade de arrecadar impostos. A União, com déficit previsto de 148 bilhões de reais no orçamento deste ano, está no mesmo barco. A saída em Brasília é emitir títulos da dívida pública e pagar juros.
O CUSTO
O Jurômetro chegou ontem a 291 bilhões de reais. O placar eletrônico registra o que o governo federal pagou, desde 1º de janeiro deste ano, para rolar a dívida.
COMPARANDO
O crescimento da dívida da União pode ser medido por este dado: de 1º de janeiro a 28 de setembro de 2006, o pagamento de juros pelo governo federal tinha alcançado 209 bilhões de reais. Durante o mesmo período de 1994, ficou em 72 bilhões.
FÓRMULA MÁGICA
Houve um tempo em que a vontade política era a vara de condão que resolveria todos os problemas. Era simplesmente uma questão de querer e estava na ponta da língua de muitos políticos. Hoje, saiu de moda assim como o recurso da demagogia desenfreada. O vontadismo se concretizou como um rotundo fracasso.
PARA DISCUSSÃO
O regime dos trabalhadores da iniciativa privada beneficia 32 milhões de aposentados e o do serviço público atende a menos de 1 milhão de servidores, custo que é bancado por toda a sociedade. O valor médio mensal percebido pelos contribuintes do INSS, no ano passado, foi de 1 mil e 169 reais. Os aposentados do Legislativo federal atingem 28 mil reais por mês.
Essa disparidade precisa ser discutida antes que falte dinheiro e o sistema quebre.
AOS DESCRENTES
“O poder não corrompe o homem; é o homem que corrompe o poder. O homem é o grande poluidor da natureza, do próprio homem, do poder. Se o poder fosse corruptor, seria maldito e proscrito, o que acarretaria a anarquia.”
Trecho do discurso de Ulysses Guimarães, em Florianópolis, a 18 de junho de 1967.
SEM VOTAÇÃO
Cem lugares no plenário da Câmara Municipal de Porto Alegre para os que são favoráveis e outros cem aos que rejeitam o projeto de regulamentação do Uber. A sessão começará às 14 horas de hoje e vai incluir a análise de 47 emendas. Por volta das 17 horas, deverá cair o número necessário para abertura do painel de votação, que é de 19 vereadores. Com isso, haverá adiamento da decisão.
IMPEDIDO
Grupo de 30 taxistas chegou ontem à tarde à Câmara com a intenção de entrar no plenário e ficar toda a noite, aguardando a votação sobre o Uber. A segurança reforçada impediu.
RÁPIDAS
* A campanha eleitoral de Canoas sobe à condição de mais tumultuada do Estado.
* Desmontar a Lava Jato está na pauta de quase todos os partidos. Só não interessa à sociedade que paga impostos.
* Foi adequada a escolha do diplomata Alexandre Parola para ser o novo porta-voz do governo. Em italiano, parola significa palavra.
* Nos últimos dias de campanha, a expressão chapa quente tem duplo sentido.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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