Terça-feira, 24 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 15 de novembro de 2022
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky apresentou um plano de paz com dez pontos para pôr fim à Guerra com a Rússia durante seu discurso virtual aos líderes do G20, em Bali, nesta terça-feira (15), de acordo com uma transcrição de suas declarações compartilhada pela Embaixada da Ucrânia na Indonésia.
Zelensky disse acreditar que este é o momento que a guerra pode ter fim. “Estou convencido de que agora é a hora em que a guerra destrutiva russa deve e pode ser interrompida”, afirmou.
Entre as ações mencionadas pelo presidente ucraniano, está a troca de prisioneiros “todos por todos” com a Rússia. “Milhares de nosso povo – militares e civis – estão em cativeiro russo. Eles são submetidos a tortura brutal – isso é abuso em mas… conhecemos pelo nome 11 mil crianças que foram deportadas à força para a Rússia”, disse Zelensky.
“Acrescente a isso centenas de milhares de adultos deportados e você verá a catástrofe humanitária que a guerra russa causou. Adicione presos políticos — cidadãos ucranianos que estão detidos na Rússia e no território temporariamente ocupado, em particular na Crimeia. Devemos libertar todas essas pessoas… devemos nos unir em prol do único modelo realista de libertação de prisioneiros – ‘todos por todos’”, completou.
A proposta de troca de prisioneiros é uma das 10 ações delineadas por Zelensky durante seu discurso na terça sobre o caminho para acabar com a guerra. São eles:
1) Radiação e segurança nuclear;
2) Comida segura;
3) Segurança energética;
4) Libertação de prisioneiros e deportados;
5) Implementação da Carta da ONU;
6) Retirada das tropas russas e cessação das hostilidades;
7) Justiça;
8) Ecocídio e a proteção do meio ambiente;
9) Prevenção de escalada;
10) Confirmação do fim da guerra.
Polônia
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta terça-feira (15) que foram mísseis russos que atingiram a Polônia e fala em uma “escalada significativa” do conflito.
“Quanto mais a Rússia sentir impunidade, mais ameaças haverá para qualquer um ao alcance dos mísseis russos. Disparar mísseis contra o território da Otan! Este é um ataque de mísseis russos contra a segurança coletiva! Esta é uma escalada muito significativa. Devemos agir”, disse.
O Ministério da Defesa da Rússia negou a acusação, que tratou como “uma provocação deliberada com o objetivo de agravar a situação”. Em comunicado, o governo russo afirmou que “nenhum ataque a alvos perto da fronteira entre Ucrânia e Polônia foi feito por meios de destruição russos”.