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Em evento na Federasul, governador gaúcho defende a educação e a inovação como fatores determinantes para a produtividade no Rio Grande do Sul

(Foto: Grégori Bertó/Secom)

Ao participar da edição dessa quarta-feira (5) da reunião-almoço “Tá na Mesa”, da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), o governador Eduardo Leite voltou a defender a educação e a inovação como fatores determinantes para a produtividade. O presidente da Assembleia Legislativa, Vilmar Zanchin, também palestrou.

Leite ressaltou que o compromisso deste novo ciclo de governo com a educação também passa pela necessidade de qualificar o capital humano para as novas oportunidades de desenvolvimento econômico, pautadas em agendas de sustentabilidade e inovação. “Não haverá um futuro diferente se não trouxermos um senso de urgência para a qualificação do capital humano para a nova economia”, disse.

O governador elencou ações que, segundo ele, estão sendo realizadas para qualificar a educação gaúcha: “Salários estão em dia, o piso do magistério é pago e conseguimos voltar nosso olhar a outras coisas, como a formação de professores, bolsas para manter alunos na escola e investimentos em recuperação de infraestrutura e tecnologia.”

A agenda da inovação foi outro ponto salientado. De acordo com o chefe do Executivo gaúcho, tem sido dada especial atenção a políticas de fomento aos chamados “ecossistemas de inovação” como estratégia de aumento da competitividade do Estado, que já se destaca em rankings nacionais dentro dessa perspectiva.

“As duas edições do South Summit Brazil, realizadas em Porto Alegre, ajudaram a consolidar essa imagem”, mencionou. “O Rio Grande do Sul já vem sendo percebido como um Estado de inovação.”

Sobre o objetivo de aumentar a produtividade no Estado, Leite disse que, depois do esforço para alcançar o equilíbrio fiscal, o Rio Grande do Sul está avançando no objetivo de criar mais condições para reter e atrair a juventude: “Precisamos ser capazes de qualificar ainda mais os nossos e também de atrair outros talentos. Esse é o desafio da produtividade”.

A última pauta do encontro foi a proposta de emenda constitucional (PEC) da reforma tributária (que deve ser votada em breve pelo Congresso Nacional) e seus os impactos para o Rio Grande do Sul. Na noite anterior, Eduardo Leite havia participado de mobilização promovida junto com governadores de outros sete Estados e que reuniu 193 parlamentares em Brasília para discutir o tema.

Por fim, Leite reafirmou a importância da reforma para o aumento da produtividade no País. Destacou, porém, a importância da lealdade federativa no processo:

“Se vamos abrir mão de parte da autonomia de definições dos Estados em interpretação de normas e recolhimento de impostos, é importante que o conselho federativo que responderá por essa operação mantenha uma regra que não permita algumas poucas regiões preponderarem sobre outras, gerando deslealdade federativa”.

A Federasul, aliás, é contra a votação do projeto neste mês. Na avaliação de seu presidente, Rodrigo Sousa Costa, o teor da proposta é desconhecido, assim como os efeitos e impactos em cada um dos setores da economia.

Presidente da Assembleia

Em sua palestra, o deputado Vilmar Zanchin frisou que o Parlamento gaúcho foi protagonista das reformas implementadas até agora pela gestão de Eduardo Leite. “Mesmo sofrendo com a pandemia e estiagens severas, o Estado conseguiu ocupar o 6º lugar no ranking nacional da competitividade, tornando-se a quinta economia do País – em posição praticamente de empate com o Paraná.

“Depois de reformar as estruturas de governo, é hora de olhar para os problemas da sociedade”, acrescentou. Ele se referia à necessidade de resolver questões relativas a armazenamento de água e irrigação (fundamentais para o enfrentamento ao déficit de chuvas), bem como à conclusão do acesso asfáltico a todos os municípios gaúchos e ao atendimento de exames de saúde e cirurgias represadas.

Outro ponto destacado pelo presidente da Assembleia foi a necessidade de ampliar investimentos em educação. Segundo ele, há que se considerar fatos como o de que o processo de digitalização das empresas está cada vez mais rápido e requer mão-de-obra especializada.

(Marcello Campos)

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