*Por Bárbara Assmann
O meia Tetê nem chegou a estrear no profissional do Grêmio, mas já está jogando na Europa. Tido como promessa, o jogador não teve chances na equipe principal do Tricolor e foi vendido ao Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, por 10 milhões de euros, o que, atualmente, equivale a mais de 43 milhões de reais. O jovem, de 19 anos, disse que não esperava a mudança: “Eu não imaginava né, mas como eu disse as coisas acontecem muito rápido.”
Em entrevista exclusiva para a Rádio Grenal, o assessor do jogador, Pablo Bueno, disse que a informação era de que Renato Portaluppi não iria aproveitá-lo no time este ano. Bueno afirmou que os dirigentes sequer foram sondar o desempenho do meia na base. Tetê foi mais brando que seu assessor, quando questionado pelo O Sul sobre ter ficado algum ressentimento. “Claro que a gente fica um pouco triste mas também alegre por estar na Europa, né? Então, isso é muito importante pra minha carreira, pro meu dia a dia”, disse o jogador.
Durante a participação do atleta na rádio, o diretor das categorias de base do Grêmio, Luiz Ferrari Júnior enviou mensagem explicando o porquê de o time não ter ficado com o meia. “Nosso presidente e toda a direção conhecem o atleta e sabiam da qualidade do garoto. Acontece que a negociação foi boa para o clube e também para o atleta”, destacou ele, complementando que torcem por Tetê e que “os negócios acontecem porque o mundo esportivo é assim mesmo”.
Tetê diz que, quando a proposta chegou, uma análise foi feita e viram que realmente era boa para ambos os lados. A experiência está sendo muito positiva no Shaktar, segundo ele: “Desde criança a gente sonha em jogar na Europa”. O garoto afirma que está sendo bem recebido por lá e que também tem conseguido um bom desempenho: “Tá acontecendo tudo muito rápido né, o futebol é assim. Cheguei também muito novo, mas eu to conseguindo fazer gols. Gols na final, gol em clássico, isso pra mim e pra minha carreira é muito bom.”
Mas o jogador não esqueceu do Grêmio, sempre que dá, acompanha as partidas, mesmo sendo em horários bem diferentes. “Assisti o Gre-Nal, era de manhã lá já, 6h30”, comenta. E se ele voltará? Tetê deixa nas mãos de seu empresário: “Como ele fala pra mim, tenho que me preocupar em jogar e é o que eu faço”.
O jogador ainda deixou um recado para a torcida gremista: