Terça-feira, 01 de abril de 2025

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
23°
Mostly Cloudy

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil O desemprego subiu no País em fevereiro, mas a criação de vagas com carteira assinada avançou

Compartilhe esta notícia:

Ante o trimestre móvel imediatamente anterior, a alta no rendimento foi de 1,3%. (Foto: Divulgação)

A taxa de desemprego ficou em 6,8% no trimestre móvel encerrado em fevereiro, ante os 6,5% registrados nos três meses até janeiro ou os 6,1% do período encerrado em novembro, mas outros indicadores vieram positivos, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados pelo IBGE.

O rendimento médio do trabalho seguiu crescendo, tanto em relação ao fim de 2024 quanto na comparação com um ano antes, mesmo diante das pressões inflacionárias. Parte do avanço do rendimento tem a ver com o crescimento do emprego formal, que voltou a bater recorde.

Ante o trimestre móvel imediatamente anterior, a alta no rendimento foi de 1,3%. Em relação a igual período de 2024, avançou 3,6%, atingindo o valor recorde de R$ 3.378.

Com o avanço no rendimento médio, a massa de rendimentos, que é a soma de tudo o que as pessoas recebem pelo seu trabalho, também atingiu recorde, com R$ 342 bilhões, um salto de 6,2% ante um ano antes, mas uma variação de apenas 0,1% ante o trimestre móvel imediatamente anterior.

Demanda 

São sinais de aquecimento da demanda, o que poderá dificultar o trabalho do Banco Central (BC) de controlar a inflação. No quarto trimestre do ano passado, uma queda no consumo das famílias contribuiu para frear a economia como um todo, conforme os dados do PIB, também do IBGE.

A queda do consumo foi um sinal de esfriamento, mas, desde a virada do ano, os indicadores da atividade têm sido heterogêneos, com altos e baixos.

Isso ocorre num momento em que o BC vem apertando sua política de juros, com o objetivo de esfriar a economia – e, assim, arrefecer a inflação. O próprio BC já chamou os sinais recentes de desaceleração da economia de incipientes.

Ao longo de 2024, com geração de empregos formais e informais, e avanço na renda, a taxa de desemprego registrou a média de 6,6%, o menor nível da série histórica da Pnad Contínua, que começa em 2012.

E neste início de 2025, o indicador segue melhor do que um ano antes. No trimestre móvel até fevereiro de 2024, a taxa de desemprego ficou em 7,8%.

Desaceleração

Nos últimos meses, especialistas vêm alertando que se espera uma desaceleração no mercado de trabalho ao longo deste ano, em parte por causa da atuação da política de juros do BC, mas os dados de fevereiro sugerem que essa freada ainda não chegou com força total no mercado de trabalho.

Por outro lado, segundo Adriana Beringuy, coordenadora da Pnad, parte importante da alta no rendimento em fevereiro, especialmente na comparação com o trimestre móvel imediatamente anterior, é explicada por fatores sazonais, descolados da dinâmica de aquecimento e desaquecimento da economia.

No geral, com exceção do rendimento médio, os indicadores pioraram na passagem do trimestre móvel terminado em novembro para o período de três meses encerrado em fevereiro.

Questionada se, na contramão do avanço do rendimento médio, a redução do total da ocupados, na comparação com o trimestre móvel terminado em novembro, poderia sinalizar esfriamento do mercado de trabalho, Adriana negou:

“Não temos como afirmar, porque tem esse processo da sazonalidade. A queda (no número de ocupados) ocorreu em atividades que a gente já esperava que caíssem mesmo.”

Carteira

A alta do desemprego neste início do ano pode ser explicada por fatores sazonais porque, tradicionalmente, há desligamentos de trabalhadores que estavam nas vagas temporárias tipicamente abertas no fim do ano anterior, segundo explicam economistas.

Na passagem do trimestre móvel terminado em novembro para o encerrado em fevereiro, 1,2 milhão de trabalhadores perderam seus empregos, quando se compara o total da população ocupada. Esse contingente encolheu em 1,2% nessa base de comparação.

As demissões ocorreram nas vagas consideradas mais precárias, como informais ou empregados domésticos. Segundo Adriana, empregados temporários da administração pública – principalmente o pessoal da educação básica, contratado pelas prefeituras – também puxaram a fila das dispensas de temporários.

O movimento é sazonal porque, muitas vezes, esses trabalhadores são recontratados no avançar do ano. E puxou o aumento do rendimento médio por causa do que especialistas chamam de “efeito composição: com menos empregadas domésticas e trabalhadores temporários da educação, categorias que têm salários baixos, o valor médio por trabalhador subiu, explicou Adriana.

Informalidade 

Em outro sinal positivo, foram criados 421 mil empregos com carteira assinada no setor privado (sem contar as domésticas) na passagem do trimestre até novembro para o período terminado em fevereiro. O total de empregados formais nessas condições ficou em 39,6 milhões, recorde da série histórica iniciada em 2012.

Para Adriana, do IBGE, há sinais claros de um processo de formalização do mercado de trabalho nacional. Os aumentos no total de empregados com carteira assinada no setor privado são consistentes desde o início da retomada da economia após o auge da covid-19. As informações são do portal O Globo.

 

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Carga tributária do Brasil vai a 32,3% do PIB, o maior patamar em 15 anos
A semana terminou bem para o bolsonarismo: arquivado o caso do cartão de vacina do ex-presidente e autorizada prisão domiciliar para pichadora
https://www.osul.com.br/em-fevereiro-desemprego-subiu-mas-criacao-de-vagas-com-carteira-assinada-avancou-no-pais/ O desemprego subiu no País em fevereiro, mas a criação de vagas com carteira assinada avançou 2025-03-29
Deixe seu comentário
Pode te interessar