Sexta-feira, 10 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 15 de fevereiro de 2022
O norte-americano voltou a ameaçar com pesadas sanções caso isso ocorra.
Foto: Reprodução/Twitter/Casa BrancaO presidente dos EUA Joe Biden saudou nesta terça-feira (15) o anúncio russo de que está retirando algumas tropas da região de fronteira com a Ucrânia, porém disse que ainda não verificou se isso de fato está ocorrendo. Ele afirmou que um ataque da Rússia contra território ucraniano ainda é uma forte possibilidade. O norte-americano voltou a ameaçar com pesadas sanções caso isso ocorra.
“Os Estados Unidos estão preparados, aconteça o que acontecer. Estamos prontos com diplomacia, para nos engajarmos com a Rússia e nossos aliados e parceiros para melhorar a estabilidade e a segurança na Europa como um todo, e estamos prontos para responder decisivamente a um ataque russo na Ucrânia”, disse Biden.
“É bom, mas não conseguimos nos certificar que isso está acontecendo. Alguns jornalistas dizem que a posição continua ameaçadora”, disse.
O presidente norte-americano também afirmou que se a Rússia invadir será por “opção, sem causa e razão” e que a diplomacia deve prevalecer a todo custo.
“Não buscamos a desestabilização da Rússia. A Otan e os EUA não são inimigos da Rússia. A Ucrânia não é inimiga da Rússia. Os russos não são nossos inimigos e não queremos uma guerra destrutiva contra a Ucrânia”, pontuou.
O governo dos EUA pediu para cidadãos norte-americanos que deixem o país do Leste Europeu e retirou diplomatas da embaixada dos EUA em Kiev. O presidente reforçou o pedido, dizendo que as pessoas devem assim fazer antes que seja “tarde demais para sair em segurança”.
Mais cedo, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse não querer guerra na região, em fala ao lado do chanceler alemão, Olaf Scholz, que citou o “maldito dever” de defender a paz.
As falas dos líderes ocorrem em meio às fortes tensões na Ucrânia. Os países ocidentais ameaçam a Rússia com sanções “sem precedentes” em caso de ataque ao território ucraniano.
Os Estados Unidos e outros países da aliança militar Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) enviaram reforços militares para o leste da Europa e afirmam que uma invasão pode ocorrer “a qualquer momento”.
Putin afirmou, durante a entrevista coletiva, que a Rússia decidiu retirar parte de suas tropas para possibilitar mais discussões com os países do Ocidente.
Scholz disse, ao lado do mandatário russo, que a retirada “é bom sinal” e que as opções diplomáticas para evitar uma guerra ainda não foram esgotadas.