Quinta-feira, 14 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 6 de setembro de 2024
Durante a primeira visita de Luiz Inácio Lula da Silva a Goiânia (GO) em seu terceiro mandato, manifestantes puxaram gritos de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro e foram expulsos por seguranças do evento. No fim da solenidade, outro apoiador de Bolsonaro foi retirado do local após chamar Lula de “ladrão”.
No segundo episódio, porém, o homem foi agredido e afastado a chutes. Garrafas de água voaram em direção ao manifestante, que foi protegido e escoltado por seguranças após ter levado pontapés.
O presidente está na capital goiana nesta sexta para inaugurar um BRT à convite do prefeito Rogério Cruz (Solidariedade).
Esta é a primeira visita de Lula a um estado “hostil” ao governo. Goiás é comandado por Ronaldo Caiado (União), que faz oposição ao presidente. Na eleição de 2022, Bolsonaro ganhou a maioria dos votos do eleitorado goiano. Em seu discurso, Lula destacou a relação respeitosa que Caiado mantém com o Planalto:
“O Caiado, como governador de Goiás, tem tido comigo e com Rui (ministro da Casa Civil) uma relação 100% civilizada e com respeito, e isso eu levo muito em conta.”
Antes de o evento iniciar um grupo de aproximadamente cinco pessoas começou a entoar gritos de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, adversário político de Lula.
“Volta Bolsonaro! Volta Bolsonaro”, gritavam.
O público petista logo abafou as manifestações com vaias de protesto e gritos de “Lula! Lula!”.
Cerca de dez minutos depois, os “infiltrados” foram identificados pela segurança do evento, que os expulsaram do recinto. Entre eles, estava a candidata à vereadora Jacke Oliver (PL). Enquanto eram conduzidos, o grupo protestou, afirmando que estavam exercendo seu direito de livre expressão.
O evento conduzido pelo atual prefeito ainda contou com gritos de apoio à candidata do PT na disputa pela prefeitura de Goiânia, Adriana Accorsi, adversário de Rogério Cruz nas eleições municipais.
Antes do evento, o presidente disse em entrevista a uma rádio que “alguém que pratica assédio não vai ficar no governo”, em referência às denúncias contra o ministro Silvio Almeida, que nega as acusações.
“Alguém que pratica assédio não vai ficar no governo”, afirmou durante entrevista à Rádio Difusora, de Goiânia. “Não posso permitir que tenha assédio. Vamos ter que apurar corretamente. Acho que não é possível a continuidade no governo, porque o governo não vai fazer jus ao seu discurso da defesa das mulheres e da defesa dos direitos humanos, com alguém que esteja sendo acusado de assédio.”