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Por Redação O Sul | 17 de abril de 2023
Para o presidente da entidade, Gilberto Petry, a expectativa é que o governo brasileiro implemente uma política industrial que estimule a eficiência no uso dos recursos naturais.
Foto: Enir GrigolA missão brasileira que está na Alemanha começou oficialmente suas atividades na Feira Industrial de Hannover. Na noite de domingo, em um hotel na cidade alemã, o vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry, que representa a CNI no evento e lidera a delegação composta por 166 pessoas de 107 empresas, recebeu o embaixador brasileiro naquele país, Roberto Jaguaribe Gomes de Mattos.
“Trata-se de uma missão fundamental para as empresas, sobretudo neste momento em que o Brasil busca o fortalecimento da indústria para impulsionar o desenvolvimento econômico e social”, disse Petry, em sua saudação, agradecendo à embaixada do Brasil em Berlim e ao Ministério das Relações Exteriores pela parceria que ajudou a tornar possível a ida dos brasileiros à feira.
Gilberto Petry lembrou que a CNI entregou ao governo brasileiro, recentemente, o Plano de Retomada da Indústria, um conjunto de propostas capazes de elevar os investimentos, a produção e as exportações do setor industrial e que lança as bases para a reindustrialização do país. A expectativa, segundo o presidente da Fiergs, é de que o governo brasileiro implemente uma política industrial moderna, baseada na transição para a economia de baixo carbono, que estimule a eficiência no uso dos recursos naturais e que ajude a aumentar a competitividade do produto nacional.
O debate sobre a transição energética deve predominar na edição deste ano. Petry ressaltou que, além de conhecer as tendências mundiais, os empresários brasileiros da missão têm a oportunidade de fazer contato com potenciais parceiros e fornecedores, e de prospectar tecnologias e métodos inovadores para as suas empresas. Ele citou que os objetivos na Feira de Hannover são mostrar que a indústria brasileira é uma referência mundial e uma parceira estratégica para a construção da economia de baixo carbono. Além disso, é parceira também no uso eficiente de recursos naturais e na captação de investimentos para projetos industriais desenvolvidos pelo Sistema Indústria nas áreas de descarbonização da economia, transição energética e bioeconomia.
Os empresários, acrescentou, buscam prospectar oportunidades de negócios, aprofundar conhecimento sobre o mercado e disseminar novas tecnologias. Entre os participantes da delegação brasileira, 43% são representantes do setor industrial, 20% são da área de serviços e 1% são do agronegócio.
Na visão da CNI, explicou Gilberto Porcello Petry, o hidrogênio sustentável é uma das mais promissoras fontes de energia limpa e representa uma grande oportunidade para a indústria brasileira descarbonizar os processos de produção. Isso ajudaria o Brasil a cumprir as metas pactuadas nos acordos internacionais que visam ao combate do aquecimento global. “A produção de hidrogênio verde no Brasil deve gerar empregos, incentivar investimentos, e promover o desenvolvimento de tecnologias e modelos de negócios inovadores. Também vai contribuir para ampliar a inserção do país nas cadeias globais de valor”, afirmou.
Entre os integrantes da comitiva brasileira na Alemanha, ao lado do presidente da Fiergs e de líderes industriais, estão o vice-governador do Estado, Gabriel Souza, e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo.
Circuitos guiados
Na segunda-feira, a programação começou com circuitos guiados pelos estandes da feira. Gilberto Petry se reuniu com o diretor de relações internacionais da Hannover Messe & CeMat, Marco Siebert. Foi discutida a participação do Brasil em Hannover e a possibilidade de o Brasil ser país parceiro no futuro. Também foi tratada sobre a transformação do perfil do evento ao longo dos anos. A feira termina nesta sexta-feira (21).
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