Quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 6 de fevereiro de 2024
A Argentina tem a maior comunidade judaica da América Latina.
Foto: ReproduçãoJavier Milei, o presidente da Argentina, se emocionou durante visita ao Muro das Lamentações, em Jerusalém, nesta terça-feira (6). O muro é um local de oração mais sagrado para judeus.
Ele ficou com os olhos vermelhos e passou vários minutos no muro, com a testa tocando as pedras e os braços estendidos. Acompanhado pelo rabino Axel Wahnish, atual embaixador argentino em Israel e seu guia espiritual na aproximação ao judaísmo, Milei rezou e beijou a fortificação considerada sagrada.
O argentino também afirmou que tem planos para tirar a embaixada da Argentina da cidade de Tel Aviv e instalá-la em Jerusalém, que Israel considera sua capital.
A Argentina tem a maior comunidade judaica da América Latina. Milei se reuniu com o presidente de Israel Isaac Herzog e, nesta quarta-feira (7), terá encontro com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
O argentino foi recebido no aeroporto pelo ministro israelense de Relações Exteriores, Israel Katz.
Essa é a segunda viagem ao exterior desde que ele assumiu a presidência, em dezembro. Milei afirmou que quer expressar seu apoio ao povo de Israel e defender o direito à legítima defesa do Estado israelense frente ao Hamas.
A maioria dos países que têm embaixada em Israel escolheu Tel Aviv, porque Jerusalém Oriental é reivindicada pelos palestinos como a capital deles.
Milei afirmou que pretende mudar a embaixada assim que chegou a Israel: “Obviamente que é meu plano mudar a embaixada para Jerusalém Ocidental”, afirmou ele no aeroporto Bem Gurion, perto de Tel Aviv.
O Hamas afirmou que mudar a embaixada seria “um desrespeito aos direitos humanos do nosso povo palestino à sua terra, e uma violação às normas do direito internacional, considerando Jerusalém terra palestina ocupada”.
Se Milei cumprir sua promessa, a Argentina se tornaria um dos poucos países que têm sua principal missão diplomática em Jerusalém, ao invés de Tel Aviv.
Os Estados Unidos mudaram a sua para a cidade em 2018 após reconhecer a cidade como capital de Israel.
Jerusalém
As Nações Unidas concederam em 1947 um status internacional especial para Jerusalém dada a sua importância para judeus, cristãos e muçulmanos.
Mas a cidade ficou dividida depois da guerra que ocorreu após a criação do Estado de Israel em 1948.
O país tomou Jerusalém Oriental da Jordânia durante a Guerra dos Seis Dias de junho de 1967 e depois a anexou, e considera toda a cidade como sua capital indivisível.
Jerusalém está sob autoridade israelense desde então, mas os palestinos reivindicam a parte oriental como capital de seu futuro Estado.