Pré-candidata do MDB à Presidência da República, a senadora Simone Tebet (MS) e dirigentes dos partidos de sua aliança (PSDB e Cidadania) levaram nesta quarta-feira (13) ao ministro Alexandre de Moraes, futuro presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), um manifesto no qual propõem um “pacto de não agressão entre todas as campanhas, de todos os candidatos, de todos os partidos e coligações”.
“Precisamos de um pacto que ressalte e deixe claro, de uma vez por todas, para as brasileiras e os brasileiros o nosso compromisso inalienável com as nossas instituições, com a integridade do processo eleitoral e com a disputa democrática. Nosso comprometimento, sobretudo, com a paz, a harmonia e a dignidade humana”, diz o texto.
O documento, assinado por Tebet e pelos presidentes do MDB, Baleia Rossi, do PSDB, Bruno Araújo, e do Cidadania, Roberto Freire, afirma que “não importa de que lado parte a violência: qualquer ato que atente contra a integridade física de qualquer pessoa tem que ser repudiado, condenado e punido com o máximo rigor da lei”.
“Impedir qualquer indivíduo de fazer campanha, sob qualquer pretexto, é crime previsto na legislação eleitoral, passível de punição com prisão. É inadmissível. Acima de tudo, está a nossa democracia e a garantia do eleitor de manifestar, de forma secreta e livre, as suas escolhas com absoluta integridade, sem riscos e constrangimentos de qualquer natureza”, prossegue o texto.
A audiência também envolveu PSB, PCdoB, PV, Rede, PSOL e Solidariedade. Essas legendas pediram ações da Justiça Eleitoral pela segurança nas eleições e entregaram o que chamam de Memorial da Violência Política contra a Oposição, no qual listam episódios de agressões e ameaças à esquerda desde 2018, culminando no assassinato do tesoureiro municipal do PT em Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda, ocorrido no fim de semana.